sexta-feira, 24 de abril de 2015

Mensaleiro Pizzolato será extraditado


O mensaleiro fugitivo Henrique Pizzolato será mesmo extraditado para o Brasil, segundo decisão do governo do primeiro-ministro Mateu Renzi e marca o fim de quase dois anos de disputa legal e tratativas políticas em relação ao brasileiro. A transferência de Pizzolato, que está em uma cadeia de Módena, poderá ocorrer já nos próximos dias e o Brasil tem 20 dias para organizar a viagem de volta ao País.

A informação é dos representantes da Interpol na Itália, segundo informa o jornal O Estado de S. Paulo. O governo em Roma, porém, ainda mantém oficialmente um silêncio sobre o assunto, já que a decisão primeiro precisa ser dada a Pizzolato e ao governo brasileiro.

Em fevereiro, a instância máxima do Judiciário italiano havia revertido uma decisão do tribunal de Bolonha e havia dado o sinal verde para que Pizzolato fosse devolvido ao Brasil. A decisão na Justiça não cabe recurso, mas faltava ainda o posicionamento do Ministério da Justiça, que ainda poderia negar a extradição.

Pela decisão, "existem condições para a extradição", numa referência à situação das prisões no Brasil, e das garantias dadas pelo governo. "Sempre confiei na Justiça italiana", afirmou Miqueli Gentiloni, advogado contratado pelo Brasil para defender o caso.

Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão. Mas, há um ano e oito meses, fugiu do País com um passaporte falso e declarou que confiava que a Justiça italiana não faria um processo político contra ele, como acusa a Justiça brasileira de ter realizado.

Ele acabou sendo preso na cidade de Maranello e, em setembro do ano passado, a Corte de Bolonha negou sua extradição argumentando que as prisões brasileiras não têm condições de recebê-lo. Ao sair da prisão, declarou que havia fugido para "salvar sua vida".

Para conseguir reverter a decisão, os advogados contratados pelo Brasil insistiram na tese de que a Itália não poderia generalizar a condição das prisões no País. Battisti. Os advogados de Pizzolato chegaram a usar o tema da extradição Cesare Battisti - italiano que recebeu asilo no Brasil - na argumentação e tentaram convencer a Corte que o ex-diretor do Banco do Brasil não poderia ser extra

Fonte: Diário do Poder.

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