As perdas provocadas pela pandemia da covid-19 na economia global melhoraram a posição do Brasil no ranking mundial, apesar da retração de 1,5% registrada pela economia brasileira de janeiro a março ante o quarto trimestre de 2019.
O Brasil ficou logo à frente de países como México (-1,6% no primeiro trimestre de 2020 ante o último trimestre de 2019), Holanda (-1,7%), Israel (-1,8%), Dinamarca (-1,9%), Reino Unido (-2,0%) e Alemanha (-2,2%).
Epicentro da pandemia em um primeiro momento, a China ficou na penúltima posição na lista, com uma retração de 9,8% do PIB do primeiro trimestre na margem, atrás apenas da lanterninha Nigéria (-14,3%).
A França ocupou a 32ª posição do ranking, com retração de 5,8% da economia na mesma base de comparação. A Itália, também bastante afetada pela pandemia, ficou na 27ª posição, com queda de 4,7% do PIB. Já os Estados Unidos ficaram em 12º lugar, com recuo de 1,2% no PIB.
Apenas seis países do ranking cresceram no período de janeiro a março. O Chile (3,0%) ocupou a liderança, seguido por Índia (1,1%), Rússia (0,6%), Bulgária (0,3%), Romênia (0,3%) e Finlândia (0,1%).
Para o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, o Brasil deveria estar mais próximo dos países emergentes no topo da lista e não das economias que foram afetadas primeiro pela pandemia. "O Brasil demorou mais a sofrer os efeitos da pandemia, mas com apenas 15 dias de economia parada o PIB caiu 1,5% no primeiro trimestre. Imagina com dois meses", destaca.
A Austin revisou seus cálculos para baixo e já prevê uma retração de 10,1% para o PIB nacional no segundo trimestre ante o imediatamente anterior.
A previsão, com isso, é que o País volte a ocupar uma posição pior no ranking internacional. Isso porque muitos países que hoje estão perto da lanterna, como a própria China, começam a retornar à normalidade.
"O País deve ter uma pancada maior que outros países no segundo trimestre e, muito provavelmente, ficar próximo da lanterna do ranking", prevê Agostini.
*www.seudinheiro.com
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