domingo, 31 de maio de 2020

"Gabinete do ódio" mira grupo de Ciro Gomes, segundo o Estadão


O jornal Estadão deste domingo traz reportagem sobre o “Gabinete do ódio”, aquele que estaria instalado no Palácio do Planalto para espalhar fake news contra adversários do Planalto. Aponta que existem células dessa estratégia em estados como o Ceará, Paraná, Minas Gerais e São Paulo. Numa espécie de franquia, cada núcleo regional conta com assessores lotados em gabinetes da Câmara dos Deputados e em Assembleias Legislativas para movimentar páginas de disseminação de fake news e linchamentos virtuais de adversários do governo.

Aponta ainda a reportagem um dos núcleos mais estruturados, o “Endireita Fortaleza”, que teria amigos até na assessoria especial do presidente Jair Bolsonaro, no terceiro andar do Planalto. A célula não foi alvo da operação da Polícia Federal na quarta-feira passada, mas entrou na mira das investigações pelo grau de engajamento nas redes sociais e por ligações com figuras influentes do governo.

Diz a reportagem do Estadão que o fundador do “Endireita Fortaleza”, o cearense Guilherme Julian, trabalha no gabinete do deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ), o Hélio Negão, e tem cargo comissionado com remuneração mensal de R$ 6,1 mil. Fiel escudeiro de Bolsonaro, o parlamentar ainda emprega o cearense Henrique Rocha, colega de Julian na mesma célula. Na movimentação de páginas e grupos de ataques a líderes regionais, Julian e Rocha atuam em parceria com assessores lotados em gabinetes da Assembleia. Cely Duarte e Manuela Melo trabalham para o deputado estadual Delegado Cavalcante (PSL).

Via Eliomar de Lima.

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