quarta-feira, 1 de agosto de 2018

PSB diz que Ducci se dispõe a ocupar posto de vice de Ciro

O prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), em campanha pela reeleição em 2012, acompanhado do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), e do candidato a vice Rubens Bueno (PPS) 

O prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), em campanha pela reeleição em 2012, acompanhado do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), e do candidato a vice Rubens Bueno (PPS)


Partido ainda definirá em convenção no domingo (5) posição em disputa presidencial

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que o ex-prefeito de Curitiba Luciano Ducci está disposto a ocupar o posto de vice-presidente em um eventual apoio da sigla a Ciro Gomes, do PDT.

Nesta terça-feira (31), o ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda, que tinha o respaldo do presidenciável, anunciou em entrevista à Folha sua desistência de ocupar a vaga para ser candidato ao governo de Minas Gerais.

No próximo domingo (5), o partido decidirá em convenção nacional se declara apoio ao PDT, PT ou se mantém postura de neutralidade. Hoje, a tendência maior é a formação de uma dobradinha com Ciro.

"Se nós formos apoiar [o Ciro], acho um excelente nome", disse Siqueira. "O Ducci se dispõe [a ocupar o posto de vice] se apoiarmos um dos candidatos, mas tudo vai depender da decisão do partido", acrescentou.

Ducci é deputado federal e ocupou o cargo de prefeito da capital paranaense em 2010, quando o tucano Beto Richa deixou o cargo para disputar o governo estadual. O nome dele não enfrenta resistência no PDT.
"É ótimo [nome]. Se for alguém que o PSB quiser, é um ótimo nome", disse o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.

Siqueira excluiu a possibilidade do ex-deputado federal Beto Albuquerque, que também é cotado para a vaga, ser indicado para o posto. Segundo ele, o candidato a vice-presidente de Marina Silva na campanha eleitoral de 2014 disputará o Senado.

"Beto está definido e disse claramente que quer disputar a eleição", disse.

O presidente nacional do PSB afirmou ainda que o esforço é evitar que a sigla acabe definindo a sua posição nacional por uma votação entre seus mais de três mil delegados.

A expectativa é de que até a próxima sexta-feira (3) se alcance um consenso para que a legenda não chegue dividida à convenção nacional no domingo.

Caso se defina a neutralidade, o partido irá produzir um documento com orientações aos diretórios estaduais, entre elas que não apoiem candidatos de direita.
"Se isso ocorrer, haverá um documento indicando um rumo. Não pode, por exemplo, apoiar a candidatura do Jair Bolsonaro. Quem fizer isso, terá de fazer como dissidente", disse.

REUNIÃO

Os dirigentes do PSB e do PDT se reuniram nesta terça-feira (31) com as presidentes do PT e do PCdoB para discutir uma pauta comum da esquerda na disputa presidencial.
Na saída, eles disseram que não se chegou a um consenso para o lançamento de uma candidatura única e que não há a necessidade de um pacto de não-agressão no primeiro turno.

"Se estivermos unidos no primeiro turno, estaremos com certeza no segundo turno", disse a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.

A presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, disse que o partido oficializará nesta quarta-feira (01) a candidatura de Manuela D'Ávila, mas ponderou que continuará em conversas com o campo da esquerda. Hoje, tanto PT como PDT.têm negociado o apoio da sigla.

"Nós vamos homologar na perspectiva de fazer o debate de ideias e o tempo político é que vai construir as alternativas", disse.

*Folha de São Paulo

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