quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Em áudios presos incitam rebelião em presídios da Grande Fortaleza

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Durante confronto entre detentos e agentes penitenciários no Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira (IPPOO) 2, em Itaitinga (Região Metropolitana de Fortaleza), ontem, detentos teriam publicado áudios no WhatsApp nos quais incitavam um quebra-quebra orquestrado nas unidades. A justificativa seria casos de constrangimento nas visitas.

Em dois áudios divulgados em redes sociais, presos que estariam no IPPOO 2 mandam um “salve”, que é uma espécie de aviso geral para as demais unidades. “Bom dia, meus irmãozinhos. O bicho está pegando no Olavo 2, meus irmãos. Muita bala, visita desmaiada, muita bala mesmo. Então o bicho vai pegar, a casa vai estourar de novo. O negócio aqui está daquele jeito. Eles não estão respeitando mais nem as visitas, estão atirando dentro das ruas agora, meu irmão”, teria dito um preso não identificado.

Outro preso comenta sobre a preparação para uma possível rebelião. “Estamos nos reunindo para colocar as visitas para fora e vamos começar com a babilônia aqui também”, falava em outro áudio ao qual O POVO teve acesso.

Em nota, a Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus) informou que os presos desacataram agentes penitenciários. Os internos se alteraram e os agentes precisaram efetuar disparos com munição não letal para conter a situação. A Sejus não comentou os áudios.

O sindicato dos agentes penitenciários criticou a falta de profissionais na unidade. A Sejus informou que a unidade abriga 675 internos e contava, ontem, com 12 agentes plantonistas, quantidade considerada aceitável pela Coordenadoria do Sistema Penal, segundo a Sejus.

Saiba mais

Chacina na CPPL

A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deve escutar 250 presos da vivência C depois que quatro internos foram mortos carbonizados na CPPL 3. Neste ano, 42 mortes aconteceram nos presídios.

MPCE

O relatório do Ministério Público apurou responsabilidade da Sejus e da diretoria do Sindicato nas 14 mortes que aconteceram durante rebeliões de maio.

O Povo Online.

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