quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Com 30 dias, greve dos bancários é a mais longa desde 2004


O conflito entre bancos e funcionários está transformando a greve dos bancários na mais longa dos últimos 12 anos no País. A paralisação que, nesta quarta-feira, completa 30 dias se iguala ao movimento de 2004. O impasse nas negociações continua e, sem entendimento, os clientes sofrem nas filas de bancos particulares que funcionam e enfrentam transtornos nas agências de instituições públicas, como BB, CEF e BNB.

Um levantamento feito pelo Jornal Folha de São Paulo mostra que, antes da unificação da campanha salarial dos bancárias, a greve mais longa da categoria foi em 1951, com 69 dias de paralisação. Segundo a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), 13.104 agências e 44 centros administrativos estão com atividades suspensas.

As dificuldades para quem precisa resolver pendências, realizar saques e outras transações que dependem do atendimento pessoal dos funcionários continuam e geram angústia para milhões de brasileiros. Os cearenses estão nesse contexto de sofrimento que ainda não tem data para acabar. O fim da greve esbarra no impasse das cobranças dos trabalhadores e resistência dos bancos.

Os bancários não abrem mão das reivindicações, como aumento de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando inflação de 9,31%, participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários acrescidos de R$ 8.317,90, piso no valor do salário-mínimo do Dieese (R$ 3.940,24), vales alimentação, refeição, e auxílio-creche no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880), décimo quarto salário e fim das metas abusivas e do assédio moral.

Como contraproposta, a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) ofereceu aumento de 7% e abono de R$ 3.500, com aumento real de 0,5% para 2017. Segundo a federação, o total apresentado na proposta para 2016 “garante aumento real para os rendimentos da grande maioria dos bancários e é apresentada como uma fórmula de transição, de um período de inflação alta para patamares bem mais baixos”.


Fonte: Ceará News7

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