"Diante de fato relevante superveniente, suspendo o prazo para a apresentação das alegações finais pelas Defesas", diz o despacho de Sérgio Moro.
Os dois executivos foram presos durante a 14ª fase da Operação Lava-Jato, deflagrada em junho de 2015. Desde outubro, eles negociavam colaborar com a Lava-Jato. A delação de Otávio Azevedo é vista pelos investigadores como a peça chave para desvendar o esquema de pagamento de propina no setor elétrico similar ao existente na Petrobras. Além disso, durante as negociações, os executivos teriam afirmado que poderiam detalhar um esquema de corrupção nas obras para as Olimpíadas do Rio.
Moro suspendeu o prazo das alegações finais da defesa no processo que envolve a empreiteira. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a Andrade Gutierrez agia de forma mais sofisticada no esquema de corrupção e fraudes de licitações da Petrobras. A empresa montou uma rede de pagamento de propinas envolvendo offshores em paraísos fiscais.
Além de receberem tornozeleiras eletrônicas, Otávio Azevedo e Elton Negrão terão que comparecer pessoalmente a todos os atos do processo caso sejam requisitados.
Fonte: O Globo.
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