terça-feira, 4 de agosto de 2015

Recuperação da economia passa por confiança e garantias ao setor produtivo, defende Eunício


Confiança e garantias ao setor produtivo. Foi essa a defesa do líder do PMDB, senador Eunício Oliveira (CE) como forma de contornar a crise econômica que afeta o País.

Com a redução do faturamento das empresas e o consequente aumento do índice de desemprego neste primeiro semestre de 2015, o peemedebista argumentou não ser este o momento para aumento de carga tributária nem para a indústria e muito menos para a população. “Se a crise é profunda, se o emprego está indo embora, como você vai reonerar os setores da economia do País”, disse durante almoço com associados e dirigentes das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas – Abir.

A polêmica a qual Eunício se referiu está em discussão no senado através de projeto de lei do Executivo que muda as regras da desoneração da folha de pagamento das empresas, última proposta do ajuste fiscal a ser votada pelo Congresso. Na Câmara, a proposta sofreu alteração e excluiu cinco setores da economia da chamada reoneração, o que aumentou ainda mais a dissidência sobre o conteúdo da matéria. O líder peemedebista explicou que a análise se torna ainda mais complicada quando o texto privilegia alguns setores e outros não. “Como vou fazer essa distinção, quando nesse momento sei que todos necessitam desse benefício?”, argumentou.

O presidente da Associação, Alexandre Kruel Jobim disse que a preocupação do setor produtivo se revela principalmente na questão da instabilidade econômica e também em razão das ações defendidas pelo governo como mudanças na legislação que possam onerar ainda mais essas empresas. Ele informou que não se registrou até o momento demissões no setor de bebidas não alcoólicas, apesar de muitas empresas estarem registrando redução do faturamento. Nesse sentido, defendeu que governo e o Congresso olhem para essas indústrias mantenedoras de emprego e renda. “O setor continua investindo, não estamos demitindo e nós já baixamos a produção em 7% nesse primeiro semestre. Mas mesmo assim continuamos com o investimento e abrindo novas unidades”, garantiu.

Ao informar que o setor tem faturamento de R$ 73 bilhões e gera mais de 125 mil empregos diretos, Jobim pediu apoio parlamentar para que mudanças na legislação através de Medidas Provisórias, como no caso das emendas à MP 675/15 que acabam com incentivos fiscais concedidos à Zona Franca de Manaus. Em resposta, Eunício assegurou apoio da bancada do PMDB para manutenção dos incentivos já concedidos ao setor e luta incansável contra a criação de qualquer tipo de imposto que onere ainda mais a cadeia produtiva do País.

*Assessoria.

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