As opiniões positivas partem da interpretação que o meio ambiente se prepara para as chuvas. Um exemplo disso, como afirma o agricultor José Felipe dos Santos, é que as aves se protegem do aumento do nível da água. “Tem um pássaro chamado de lavadeira, que é criado na beira do açude, esse é o que tem a experiência. Quando o inverno é fraco ele faz o ninho bem baixinho, quando vai ser um ‘aguaceiro’ ele faz o ninho lá no alto”, esclarece.
José Felipe, desde a adolescência, encontra outras formas de descobrir se a quadra chuvosa, comumente chamada de inverno, será boa. Uma delas é analisar o pôr do sol no dia 18 de outubro de cada ano. “O sol está alvo, escamado e como ‘neve de chuva’. Se ele estivesse limpo, sem nenhuma nuvem aí não tinha inverno", explica sobre o método. Ele garante que o último registro foi positivo.
Já o profeta Erismar Silveira busca no colorido das plantas o indício das chuvas. "O flamboyant está florando, está pouco, mas vai encher porque tem os frutos. Se vai florir é porque vai ter chuva na quadra invernosa todinha”, conta. Ele avalia que em alguns meses a chuva deve ser bem mais intensa do que em outros, mas que as precipitações devem ir além do período esperado, entre fevereiro e maio.
As tentativas de adiantar o resultado da quadra chuvosa vem da importância que as chuvas representam para o interior do Estado. No encontro de profetas da chuva, muitos agricultores decidem como será feita a plantação.
Diário do Nordeste
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