quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Chuva forte deve chegar no litoral do Ceará entre o fim de janeiro e os primeiros 20 dias de fevereiro

As medidas apresentadas são de caráter preventivo e devem estabelecer diretrizes de ações a serem tomadas em casos de emergência
As medidas apresentadas são de caráter preventivo e devem estabelecer diretrizes de ações a serem tomadas em casos de emergência (Foto: Leonardo Maia)

O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, anunciou conjunto de ações preventivas para a quadra chuvosa de 2020, em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira, 14. Foram apresentados os planos da prefeitura para diminuir os impactos das chuvas, com medidas para prevenção e estratégias que visam a melhor capacidade de resposta diante de prováveis prejuízos. Durante a coletiva, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) manifestou preocupação com eventos severos de chuva no litoral do Ceará entre a última semana de janeiro e os primeiros 20 dias de fevereiro.

"A condição de aquecimento que nós temos no (Oceano) Atlântico imediatamente abaixo da linha do Equador facilita o posicionamento da Zona de Convergência, trazendo umidade do Atlântico para o continente e provocando precipitações na costa e no interior do Estado", disse o presidente da Funceme, Eduardo Martins.

Conforme o plano de ações, a prefeitura deve realizar a limpeza de pelo menos 156 recursos hídricos da Cidade, em todas as sete regionais. No último ano, foram limpos 101 recursos e 8.232 bocas de lobo, totalizando 20.235 toneladas de resíduos descartados de maneira incorreta. Também será feito a poda, corte e recolhimento de árvores na cidade. Em 2019, essa ação fez a retirada de 346 árvores da Cidade, além da poda de 13.673.

Outra ação prevista pela prefeitura é a desobstrução de canais e bocas de lobo, e a pavimentação e drenagem das vias. Referente a essa última intervenção, em 2019 a prefeitura informa que conseguiu requalificar 1.700 vias da Cidade, beneficiando as sete regionais de Fortaleza. A meta era de realizar a obra em uma área de 1.360.000m², no entanto, ao fim do serviço, a prefeitura havia ultrapassado para 1.736.094.34m². Outra ação planejada é a estruturação das unidades de saúde, para prestação de assistência e controle de roedores, em pelo menos 24 postos.

O prefeito Roberto Cláudio fez um apelo para que os cidadãos não façam descarte irregular de lixo, especialmente em regiões próximas a bocas de lobo ou em canais, lagoas e outros mananciais hídricos. “É importante para dar celeridade. Quando vem a chuva, isso acaba tendo uma consequência negativa quase sempre de alagamento ou inundação”, argumentou.

No plano de contingência, a Prefeitura deve se focar em quatro medidas: realizar o diagnóstico de possíveis áreas inundáveis, com avaliação predial e notificação de edificações; se responsabilizar pelos equipamentos utilizados pela Defesa Civil, com distribuição de redes, lonas, cestas básicas entre outros itens; dar suporte de equipamentos públicos, como prédios, para eventuais abrigamentos temporários; e estabelecer política para essa última resolução, com abrigos solidários públicos e programa de locação social.

A gestão municipal ainda garantiu que todos os contratos para pavimentação, ações emergenciais de drenagem e mantimentos da Defesa Civil já estão regularizados em caso de situação de emergência durante a quadra chuvosa.

*O Povo

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