A explosão aconteceu na noite desse domingo (24) em Ansbach, uma pequena cidade do Estado da Baviera, onde ocorria o festival que havia atraído cerca de 2 mil pessoas. O criminoso já havia tentado se matar em pelo menos duas ocasiões e esperava ser extraditado. Ele tinha passagem pela polícia da Alemanha por crimes relacionados ao uso e venda de drogas.
O ataque ocorreu pouco após as 22h (horário local), o homem tentou entrar no festival, mas não conseguiu, segundo relato do ministro do Interior da Baviera, Joachim Herrmann. Investigadores acreditam que foi neste momento que o ele detonou a bomba, matando a si mesmo e causando ferimentos em 12 pessoas, três delas com gravidade. Segundo autoridades alemãs, no entanto, nenhum dos feridos corre risco de morte.
O ministro do Interior afirmou que a polícia ainda apura a possibilidade de a explosão ter sido motivada por extremismo islâmico. O sírio havia chegado ao país europeu há dois anos e pedido asilo. Embora o pedido tenha sido rejeitado em 2015, ele não foi deportado por causa da guerra civil na Síria.
Série de ataques na Alemanha
A explosão no sul da Alemanha é mais um de uma série de ataques do tipo em um curto espaço de tempo. Ainda na noite desse domingo (24), um refugiado sírio de 21 anos matou uma mulher com um facão em Reutlingen e deixou outras duas pessoas feridas durante um ataque em um restaurante que, segundo as autoridades locais, não tinha ligações com nenhum grupo de terrorismo.
Na última sexta-feira (22), um homem abriu fogo em um shopping em Munique, deixando nove mortos e mais de 30 feridos. O atirador, identificado como Ali Sonboly, um jovem de 18 anos de origem iraniana, era obcecado por armamentos e ataques com armas. O homem também bullying na escola.
Na segunda-feira (18), um jovem afegão de 17 anos invadiu um trem com destino a Wurzburg, no centro-sul da Alemanha, com um machado e feriu quatro pessoas, sendo três gravemente.
Refugiados na Alemanha
Os episódios podem reacender o debate sobre as políticas de acolhimento adotadas pelo governo da chanceler alemã Angela Merkel. No início de 2016, sua decisão de receber milhares de refugiados já havia sido bastante criticada após uma onda de abusos sexuais registrada em Colônia na noite de Ano Novo.
O governo alemão pediu que a população local não generalize os fatos e não culpe todos os refugiados pelo ocorrido. Berlim ainda destacou que a maior parte dos atentados terroristas registrados nos últimos meses não foram realizados por imigrantes.
Fonte: Último Segundo - iG
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