Iniciadas em junho deste ano, as obras de ampliação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará, empresa subsidiária do Complexo do Pecém, atingiram, no fim deste mês de novembro, 60% de conclusão. Chamada de Setor 2, a expansão fica localizada a cerca de quatro quilômetros da área de despacho aduaneiro do Setor 1, com 137 hectares distribuídos em quatro módulos, que terão como grande objetivo atrair empreendimentos de pequeno e médio porte.
Previsto para o primeiro semestre de 2021, o primeiro módulo da expansão da ZPE Ceará contará com 23 hectares, em uma área dividida em lotes de variados tamanhos. De acordo com o coordenador de operações da ZPE Ceará, Lucas Guedes Martins – atual gestor do contrato das obras de expansão, a terraplenagem deve ser concluída até o fim de dezembro, com a pavimentação da área prevista para o ano que vem. O reservatório de água já foi concluído.
“Ao todo, devemos ter uma movimentação de 476 mil metros cúbicos (m³) de areia durante a terraplenagem. Contamos, atualmente, com 13 caminhões atuando na área, fazendo cerca de 40 viagens por dia, além de quase 70 pessoas envolvidas diretamente nos trabalhos. Tudo isso para garantir o bom andamento da obra e cumprir rigorosamente o nosso cronograma”, destaca Lucas Martins.
Além da terraplenagem, os trabalhos de construção do bloco administrativo, das quatro balanças, com capacidade de pesar até 100 toneladas, e da estrutura da cobertura do gate principal também já estão em andamento, mas só devem ser concluídos em 2021. A estrutura de pilares e bases de concreto já foi finalizada.
Novas oportunidades
Nesta primeira etapa da expansão, o investimento da ZPE Ceará corresponde a aproximadamente R$ 15 milhões, aplicados na construção da infraestrutura de controle operacional prevista na Lei Federal nº 11.508/2007 (gates), além de vias de acesso e vias secundárias, infraestrutura de transmissão de energia elétrica, abastecimento de água, esgoto e drenagem, iluminação, fibra ótica e CFTV.
Em julho, durante visita às obras do Setor 2, o Governador Camilo Santana afirmou que a expansão da ZPE Ceará representa novas oportunidades para a população cearense e para a economia local. “Essa é uma área do Estado que lutamos muito para incluir na ZPE e estamos iniciando dentro dessa retomada da economia. O Ceará vai entregar com estrutura de ruas, energia e água para que a empresa venha aqui, construa suas instalações e consequentemente gere emprego e renda para a população cearense”, disse.
Um estudo de mercado desenvolvido pelo Observatório da Indústria, da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), já apontou, inclusive, que o Setor 2 da ZPE Ceará possui grande potencial para negócios relacionados a cinco setores. São eles: minerais não metálicos; alimentos; máquinas e aparelhos elétricos; equipamentos de informática e eletrônicos; e metalurgia.
Os lotes do Setor 2 serão arrendados para as empresas interessados por até 20 anos, podendo o contrato ser renovado por igual período. Por ser um distrito industrial incentivado, a ZPE Ceará também oferece às empresas instaladas em sua área benefícios tributários, cambiais e administrativos, tendo como contrapartida que, no mínimo, 80% da receita seja oriunda de suas exportações.
“Uma vez que nossas obras de expansão se dão inicialmente em 23 hectares de área, o Setor 2 da ZPE Ceará se torna um destino muito interessante para investimentos industriais de pequeno e médio porte. Os lotes industriais serão disponibilizados para os investidores através de contratos de longo prazo. O regime aduaneiro de ZPE traz segurança jurídica e reúne as condições ideais para negócios exportadores. A suspensão tributária proporcionada pelo regime não é aplicada apenas aos bens de comercialização, como também ao ativo imobilizado, melhorando a competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional”, conclui Alessandra Grangeiro – Gerente de Negócios Industriais e ZPE do Complexo do Pecém.
*www.ceara.gov.br
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