A vida de Jennifer Haller, 44 anos, gerente de operações de uma startup americana, virou de cabeça para baixo no começo de março de 2020. Mãe de duas crianças, ela se tornou a primeira pessoa a tomar uma vacina contra o coronavírus – ela é voluntária de um estudo clínico realizado nos Estados Unidos para encontrar uma imunização contra a doença.
“Mesmo naquela época, estávamos todos muito desamparados”, disse em entrevista ao jornal britânico The Telegraph. “Não havia nada que eu pudesse fazer para impedir essa pandemia global. Então, eu vi essa oportunidade surgir e pensei: Bem, talvez haja algo que eu possa fazer para contribuir. Isso me deu um senso de controle”, disse Haller. “Estamos todos tão indefesos. Isso me deu algo pelo qual eu poderia ser responsável e que poderia ser útil”, completa.
A americana passou por exames médicos e precisou lidar com a preocupação da família. O contrato tinha 45 páginas só de isenções de responsabilidade por parte dos pesquisadores.
Ela deve tomar a segunda dose da vacina 28 dias após a primeira injeção, que aconteceu no dia 16/03, e será monitorada por um ano pela equipe do Kaiser Permanent Washington Health Research Institute, que administra a pesquisa. Outras 44 pessoas estão participando do estudo.
No primeiro dia, ela se sentiu febril, e no segundo, a região onde recebeu a vacina estava bastante dolorida. Mas, depois disso, não percebeu nenhuma diferença na própria saúde. Ela está isolada em casa. “Assim que chegarmos à vacina, seja ela qual for, terei orgulho de ter feito parte do processo”, disse.
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