segunda-feira, 13 de abril de 2020

PCC: preso na África ganhou R$ 200 mi para resgatar Marcola no DF

Ao lado de policiais armados com fuzis, Marcola, de camisa azul usa algemas durante escolta

Preso pela Polícia Federal (PF) em Moçambique, na África, nesta segunda-feira (13/04), um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, recebeu R$ 200 milhões do comandante da facção criminosa, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, para que o traficante ajudasse o chefe a fugir da Penitenciária Federal de Brasília.

Os planos de tirar Marcola da penitenciária de segurança máxima da capital do país foram revelados pelo Metrópoles e começaram assim que o líder do PCC foi transferido de São Paulo para Brasília, em fevereiro do ano passado.

Em março de 2019, com a chegada de Marcola a Brasília, os faccionados do PCC se mobilizaram em uma tentativa de viabilizar a empreitada no Distrito Federal.

Anotações captadas por autoridades da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP) indicam que os criminosos estavam apenas aguardando o aval de Fuminho. Ele é um dos principais nomes do PCC que ainda estava solto.

Segundo os informes captados, após a saída de Marcola da Penitenciária de Presidente Venceslau, as funções estratégicas do grupo dentro do sistema carcerário foram divididas entre três internos: Márcio Domingos Ramos, Valcedi Francisco da Costa e Wilber de Jesus Marces.

As investigações apontam que o trio estava alinhado com Fuminho para orquestrar o resgate. Algumas funções já teriam sido definidas, como o responsável pela seleção de integrantes com alto nível de conhecimento militar e de armamentos.

O PCC chegou a sobrevoar a Penitenciária Federal de Brasília com o uso de drones. O artifício é comumente usado pela facção para mapear e traçar estratégias de ataque.

Exército

Em dezembro do ano passado, a ação de criminosos que pretendiam libertar o chefe da facção foi revelada pelo Metrópoles em primeira mão. A suspeita fez com que os ministérios da Justiça e da Defesa fechassem um acordo para intensificar a segurança do complexo, localizado em São Sebastião.


Militares do Exército Brasileiro foram direcionados para a penitenciária de segurança máxima, onde ficaram de prontidão, com carros blindados.

Os planos de resgate de Marcola foram frustrados, mas Fuminho permanecia foragido até esta segunda-feira.
Prisão de Fuminho

Fuminho era procurado pela Justiça há 21 anos. A Polícia Federal não divulgou maiores detalhes da prisão, que contou com o apoio do Itamaraty.

Considerado o maior fornecedor de cocaína a uma facção com atuação em todo o Brasil, o traficante era o responsável pelo envio de toneladas da droga para diversos países do mundo.

Ele foi autuado por crimes de tráfico de drogas, contra o patrimônio e de financiamento para fuga de líderes de organizações criminosas.

*Metrópoles

Nenhum comentário:

Postar um comentário