O governador Camilo Santana (PT), em entrevista ao Jornal o Globo edição deste domingo (30/12) destacou que faltou autocrítica ao PT durante o processo eleitoral. Disse que pretende dialogar com o governo Bolsonaro de forma institucional e falou da relação dos irmãos Ferreira Gomes com o Partido dos Trabalhadores.
Quando indagado sobre o afastamento de Ciro do PT, uma vez que tem boa relação com os irmãos Ferreira Gomes de que lado ficaria, Camilo ponderou: “Tenho uma relação muito positiva com o Ciro e com o Cid. Temos uma aliança muito forte no Ceará. Muito mais nos une do que nos separa. Claro que há divergências. Eu defendi, antes das eleições, que nós apoiássemos o Ciro. Defendi até a chapa Ciro-Haddad. Acho que esse era o melhor caminho nesse momento.”
Quando questionado sobre o novo caminho que o PT precisa tomar para reverter o desgaste da imagem da agremiação, Camilo voltou a defender a ideia de que o partido precisa se reinventar:
“Eu já defendi lá atrás que o PT precisa se reinventar, reavaliar os seus caminhos, se reorganizar, se aproximar das suas bases, movimento sindical e, muitas vezes, reconhecer os erros que foram cometidos. Acho que isso faz parte, isso demonstra de certa forma para a população e para o povo que todos estão sujeitos a cometer erros. Faltou um pouco isso para o partido, ter humildade. Querer construir um projeto que seja um projeto de nação. Isso precisa estar muito claro, não só para o PT, mas para todos os partidos. Às vezes, nosso posicionamento não é muito aprovado dentro das agremiações, mas tenho um estilo de sempre defender aquilo que acredito.”
(Foto: Filipe Jordão/JC Imagem/ / Agência O Globo)
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