segunda-feira, 23 de maio de 2016

Corpos carbonizados localizados nos presídios passarão por exames de DNA na Perícia Forense

Detentos foram assassinados a golpes de barras de ferros e os corpos queimados

Barbárie. Esta é a definição das cenas de violência protagonizadas por presos rebelados nos presídios da Grande Fortaleza no fim de semana. Além de executar seus inimigos pessoais ou por ordem das facções que dominam as cadeias cearenses, os assassinos e seus cúmplices fizeram questão de filmar tudo e espalhar as imagens nas redes sociais e aplicativos. Muitos dos mortos durante a rebelião tiveram seus corpos carbonizados e somente poderão ser identificados através de exames de DNA.

Os corpos, em sua maioria, apresentavam sinais de espancamento, tortura, arrastamento e outras lesões. Alguns presos foram espancados até morte com o uso de barras de ferro. Outros foram mortos com golpes de cossoco. Em outros casos, foram decapitados e as cabeças jogadas sobre o resto do corpo. Contudo, a maioria foi queimada após o assassinato.

As equipes da Perícia Forense do Estado (Pefoce) e da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) examinaram e recolheram os corpos logo após a Polícia Militar controlar os motins nas seguintes unidades penais: Casas de Privação Provisória da Liberdade 1, 2, 3, 4, em Itaitinga; e no Presídio do Carrapicho, em Caucaia.

Na manhã de hoje, a diretora da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Socorro Portela, esteve no Presídio do Carrapicho e, na saída, confirmou a localização de mais dois corpos. No entanto, o número total de mortos nos presídios não é ainda conhecido. AS autoridades já admitem que pode ultrapassar 30 casos. No entanto, até o momento a Pefoce teria recebido em sua Coordenadoria de Medicina Legal 19 cadáveres.

Por FERNANDO RIBEIRO

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