domingo, 7 de fevereiro de 2016

O dilema do governador

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Da Coluna Fábio Campos, no O POVO deste domingo (7):
A preço de hoje, o PT vai ter candidato a prefeito de Fortaleza. A preço de hoje, o nome do partido é o da ex-prefeita Luizianne Lins. E o governador Camilo Santana, aliado de Roberto Cláudio e Cid Gomes, como fica nessa história?
Como em política o vácuo não perdura, já se formou um canal de conversa entre Camilo e os partidários da tese da candidatura própria do PT. Emissários receberam autorização tanto da ex-prefeita quanto do governador para que haja uma conversa entre os dois. Não vai demorar a acontecer.
Os partidários da candidatura própria querem do governador, no mínimo, a mesma postura que Dilma Rousseff adotou em 2014 no Ceará, quando não veio ao Ceará e não gravou depoimentos nem para Camilo e nem para Eunício Oliveira. Ou seja, que não faça campanha e nem declare apoio para nenhum dos lados.
Há dois potenciais legados mais vistosos na gestão de Roberto Cláudio. O mais importante é a política viária e de transporte público. Com uso de pouco dinheiro, a gestão foi a fundo na política de priorizar o conforto e a velocidade do transporte coletivo, além de ampliar significativamente outros modais, como o das bicicletas.
Outro legado ainda está em análise na Câmara de Fortaleza. Trata-se da nova versão da Lei de Uso e Ocupação do Solo. O projeto demorou dois anos para ser finalizado e trata a cidade como ela é, uma estrutura dinâmica que precisa acompanhar as novas demandas urbanas.
No lado oposto, a pior área de atuação da gestão se dá no Centro de Fortaleza. Nesse ponto, o prefeito diz uma coisa em público enquanto o seu secretário do Centro faz outra.

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