terça-feira, 24 de junho de 2014

Criança teria morrido degolada durante parto no hospital de Canindé


Moradores do município de Canindé, no Sertão Central, estão revoltados com a morte de uma criança recém nascida no Hospital Regional São Francisco. O parto teria acontecido há três dias, mas como a mãe estava desacompanhada na unidade hospitalar, ninguém da família havia tido informações sobre o estado de saúde da mãe e do bebê.

A demora fez com que Francisca Jaila Ferreira, tia da criança, mesmo barrada na estrada da unidade hospitalar, procurasse outras formas de obter informações, e através de funcionários conseguiu entrar no hospital, quando soube através de uma enfermeira que uma criança havia morrido "degolada" durante um parto complicado.

Ouça abaixo depoimento da tia da criança, concedido ao repórter Batista Santos da rádio Jornal de Canindé.



Ainda esperançosa, a tia da criança buscou informações sobre o acontecido, mas infelizmente a notícia que recebeu não era bem a que a mesma esperava. Segundo Jaila, sua cunhada entrou em trabalho de parto normal, mas algo inesperado e ate o momento não explicado aconteceu, e a criança teve que ter a cabeça separada do corpo. Em seguida a mãe passou por uma cirurgia para a retirada do corpo do bebê.

Após o ocorrido a gestante continuou internada sob observação na unidade hospitalar. Os familiares da vítima contaram ainda que o momento mais doloroso para a família, foi quando tiveram contato com o corpo do recém-nascido, que encontrava-se dentro de uma caixa de papelão.

Francisca Jaila revelou ainda que em nenhum momento a família foi informada sobre o procedimento complicado do parto e ninguém assinou nenhum documento autorizando o ato.
A direção do Hospital Regional São Francisco foi procurada, mas ninguém se pronunciou sobre o caso. Disse apenas que uma entrevista coletiva seria anunciada em breve para esclarecer o ocorrido.

A corpo da criança foi liberado nesta segunda-feira (23), mas a família quer a realização de um exame para confirmar o motivo da morte, tendo em vista que após o acontecimento o corpo não foi encaminhado ao Núcleo de Perícia Forence.

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