Brejo Santo: Homem que matou a esposa e dois filhos é levado ao júri

O juiz Luís Sávio de Azevedo Bringel da Comarca de Brejo Santo, determinou que o comerciante Sebastião Pereira Leite, de 68 anos, apelidado por Dão Leite, seja levado a júri popular. Ele é acusado de matar a esposa e os dois filhos e a decisão do julgamento já foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico. O mesmo foi preso no último dia 8 de julho em Goiânia, quando tentou se aposentar junto ao INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).

Segundo a denúncia do Ministério Público do Ceará, na madrugada do dia 7 de fevereiro de 2001, na Rua Coronel Basílio no município de Brejo Santo, Dão se tornou o autor de um triplo homicídio a golpes de faca contra a esposa Alda Maria Campos Leite, que tinha 49 anos, sua filha Aline Campos Leite, apenas 9 anos, e seu filho Alex Campos Leite, de 4 anos, o qual foi esquartejado. De acordo com os autos, a mulher e o menino foram atacados enquanto dormiam.

Já a filha do casal foi morta na sala quando tentava escapar do pai. Ainda segundo o MP, Dão escondeu a faca no telhado da casa, tomou banho, trocou de roupa e fugiu para o Estado da Paraíba. Dois dias depois, ligou para um amigo e disse que estava arrependido. A partir de então, o réu passou a viver foragido e, após mais de 12 anos, foi capturado em Goiás. Ao ser interrogado, confessou o crime sob a justificativa de sentir-se “angustiado”, pois a esposa “pedia coisas que não podia dar”.

Explicou ainda que “por não ter forças para negar os pedidos”, resolveu matar a mulher e os filhos. Ao analisar o caso, o juiz decidiu mandar o acusado a júri popular, levando em consideração o depoimento das testemunhas de que a relação do réu com a família não era tranquila como aparentava, pois ele já teria agredido a esposa anteriormente, tentando cortar a barriga dela com um facão. Noutro episódio, Dão teria dado um soco na barriga da mulher, que estava grávida do segundo filho.

A agressão levou a vítima a desmaiar. Além disso, o juiz Sávio Bringel destacou que os motivos alegados pelo acusado para cometer o crime configuram como torpe e cruel em virtude da brutalidade. Quando chegou de Goiânia no dia 11 de julho, Dão foi levado direto para o IML (Instituto Médico Legal) de Juazeiro a fim de fazer exame de corpo de delito após percorrer cerca de 3 mil Km. Ao ser preso em Goiás, onde é dono de uma distribuidora de bebidas no Setor Jardim América, ele negou envolvimento nas mortes dos familiares e disse que nem casado era.


Fonte: Site Miséria