O município de Tauá, na Região dos Inhamuns, sediou nesta quarta-feira (12) audiência pública da Comissão de Agropecuária da Assembleia Legislativa do Ceará para discussão e fortalecimento da caprinovinocultura no Estado. A deputada Gabriella Aguiar (PSD), autora do requerimento que propôs a realização do debate, subscrito pelo deputado De Assis Diniz (PT), destaca que a ideia de levar a discussão para Tauá foi de proporcionar a participação de produtores, técnicos, especialistas e demais interessados na caprinovinocultura nas regiões dos Inhamuns, sertão central, centro-sul, entre outras, que não puderam estar presentes na audiência pública realizada sobre o tema em junho passado na Assembleia.
"A realização desta audiência no município de Tauá possibilitará um diálogo mais amplo e representativo sobre o fortalecimento da caprinovinocultura em nosso Estado, considerando as particularidades e desafios enfrentados por essas regiões. Temos que dar soluções e ideias para o fortalecimento do setor. Quem vive a realidade, tem as melhores soluções e levaremos essas ideias para a Assembleia Legislativa”, disse Gabriella Aguiar. “Tauá tem o melhor carneiro do Brasil e talvez do mundo. Esse debate vem ao encontro do interesse em desenvolver o setor e nos dá subsídios para trabalhar pela caprinovinocultura na Assembleia Legislativa”, completou o deputado estadual Simão Pedro (PSD).
A prefeita de Tauá, Patrícia Aguiar, e o prefeito de Aiuaba, Ramilson Moraes, estiveram presentes à audiência pública e destacaram a importância do debate. “É necessário unir a política e a questão técnica para o desenvolvimento da caprinovinocultura. A Prefeitura de Tauá sempre busca tecnologias e estimular o setor que é fonte de geração de emprego e renda”, disse Patrícia Aguiar. “Essa iniciativa de trazer o debate para o Interior do Ceará é essencial. Parabéns à Assembleia Legislativa”, reforçou Ramilson.
“A produção rural é uma atividade que deve ser estimulada. O semiárido é vocacionado para a produção leiteira e a tecnologia é uma grande aliada. Por isso, debates como esse são necessários para ouvirmos as demandas do setor”, destacou o ex-vice-governador e ex-presidente da Assembleia Legislativa, Domingos Filho.
Ana Clara Rodrigues, chefe da ovinocaprinocultura na Embrapa, ressaltou o potencial da região e a crescente demanda internacional pela carne de caprinos e ovinos. “No Oriente Médio tem bem menos incidência de chuva que o nosso sertão e a produção é muito maior. É possível desenvolver a ovinocaprinocultura. Temos potencial e competência para isso”, disse.
Durante a audiência pública, os produtores rurais expuseram as dificuldades enfrentadas pelo setor, principalmente com relação à certificação, o custo da energia elétrica e a necessidade de facilitar o acesso aos implementos agrícolas.
Estiveram presentes também na audiência pública: Augusto Júnior, da Superintendência do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA); Washington Costa da Superintendência da Codevasf; José Wesley Moreira, do Banco do Nordeste do Brasil; Hannyson Bezerra, do Banco do Brasil; José Alves de Oliveira Neto, diretor do Campus IFCE de Tauá; João Paulo Acelino, diretor do Campus do IFCE de Boa Viagem; Sérgio Baima, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico; Davide Rondina, professor do curso de Medicina Veterinária da UECE; Carlos Alberto, coordenador do Programa de Sanidade dos Caprinos e ovinos da Adagri; Antonio Luiz Gonçalves, diretor regional do SEBRAE em Crateús/Tauá; Milena Camelo, da FETRAECE; Eudes Xavier, ex-deputado federal e consultor especial da Presidênica da FECOMÉRCIO; Expedito Neto, da FAEC; Paulo Alves Martins Júnior, presidente da Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos dos Inhamuns (Ascoci), e produtores rurais, representantes de comunidades, vereadores e secretários municipais.
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