De acordo com a manifestação da PGR, os colaboradores infringiram cláusulas do acordo ao não mencionar no acordo “a prestação de serviços ao grupo empresarial pelo então procurador da República, Marcelo Miller”. De acordo com a nota, o ato configura corrupção ativa pela cooptação de funcionário público, mediante vantagem indevida.
Apesar de ser membro do Ministério Público Federal (MPF), Miller também fazia parte de um grupo no WhatsApp com os envolvidos, assessorando tecnicamente a J&F. Sua participação só foi descoberta quando o celular de Wesley Batista foi apreendido, em uma das fases da Operação Lama Asfáltica. Participavam das conversas Wesley e Joesley Batista, Francisco de Assis, o executivo da JBS Ricardo Saud, Marcelo Miller e Fernanda Tórtima, advogada da empresa.
“As mensagens trocadas no grupo deixaram claro que Marcelo Miller prestou relevante assessoria ao grupo J&F para auxiliá-lo na concretização dos acordos de leniência e de colaboração premiada”, afirmou a PGR, em nota.
O pedido de rescisão foi encaminhado nesta segunda-feira ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator dos processos oriundos das delações de integrantes do grupo J&F. No pedido, Raquel Dodge afirmou que as provas que estão no acordo vão continuar válidas, mesmo diante da anulação acordo.
* Veja.
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