segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Idealizado por um groairense, Projeto cultural itinerante lança catálogo e documentário




Groaíras. Com objetivo de facilitar o acesso aos bens culturais típicos da região Norte do Estado ao maior número de pessoas possível, abrindo espaço para todos os tipos de manifestações populares, o Projeto Mandinga na Ribeira, desenvolvido a cada dois anos na cidade de Groairas, segue em sua quarta edição, comemorada com o lançamento, nesta sexta-feira (24), do documentário e catálogo fotográfico do projeto itinerante, que se estende a outros municípios.

Realizado no formato circuito de arte e cultura popular, o Mandinga na Ribeira Itinerante contempla quatro macrorregiões do Ceará, com atividades realizadas nas cidades de Groaíras e Sobral (Vale do Acaraú), Viçosa do Ceará (Ibiapaba), Jijoca de Jericoacoara (Extremo Oeste) e Itapipoca (Litoral Oeste).

As atividades, que buscam cada vez mais a proximidade com o público, ocorrem nas praças, ruas e locais abertos das cidades contempladas, contando com participação direta de aproximadamente 700 pessoas, segundo os organizadores. Na prática, os grupos se dividem em ações realizadas durante as oficinas de danças folclóricas; ritmos; confecção de artesanato; palestras sobre cultura popular; participação em cortejos, como os tradicionais maracatus; além de mostras e apresentações artísticas, totalizando 300 horas de intensa formação cultural, incluindo as oficinas de capoeira, de onde nasceu o projeto para comemorar os 10 anos do Grupo de Capoeira Angola Comunidade, com cerca de 60 integrantes, que já trabalhava a união da cultura afro com outras manifestações da cultura popular.

De acordo com José Jones Sousa, o 'Pretinho Jones', idealizador do projeto, o "Mandinga na Ribeira Itinerante levou encantamento e emoção a um público em torno de 16.000 pessoas, que puderam prestigiar a riqueza cultural característica da região Norte do Ceará.

Foram momentos de partilha do saber tradicional popular, de valorização dos mestres da cultura popular e das festas e folguedos, muitas vezes esquecidos", diz o mestre capoeirista. E acrescenta: "o documentário e o catálogo fotográfico representam esse registro das atividades realizadas em longo do ano de 2015".

Outras linguagens

Para o documentarista Fábio do Nascimento, responsável pela direção de arte do documentário, "a expressiva participação do público, pertencente a várias cidades, representa a concretização dos resultados esperados pelo projeto, do qual eu faço parte, pois também sou capoeirista. Ao longo da iniciativa se observa a difusão da cultura popular dentro do próprio Estado. A grande ideia é ter a capoeira como base para enveredarmos por outras linguagens. O formato audiovisual ajuda a mostrar que todas essas manifestações bebem da mesma fonte".

Fonte: Diário do Nordeste.

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