Hoje, a Usina de Quixadá gera centenas de empregos indiretos, com prestadores de serviços e fornecedores; emprega 134 pessoas e nos municípios há contratos vigentes com 2.072 agricultores familiares até 2020.
Segundo dados da Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Ceará, sua capacidade de produção chega a 108 milhões de metros cúbicos por ano de Biodiesel. São matérias-primas soja, algodão, sebo animal, óleo de gordura residual de peixe e de dendê.
No auge de seu funcionamento, a safra 2010/2011 produziu 60 toneladas de mamona em baga e estavam cadastrados no Programa de Biodiesel do Ceará, 52 mil agricultores familiares produzindo mamona e girassol.
Entretanto, as dificuldades climáticas do interior cearense somadas às questões econômicas da PBIO no Ceará, fizeram com que a Usina reduzisse sua atuação apenas no Ceará, a partir de 2015. Antes, a atuação chegava aos estados do Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.
Na verdade, diferente do que aconteceu com o Proálcool, o Programa Nacional de Produção de Biodiesel tinha como foco também os pequenos agricultores, além de questões ambientais, como a produção de um diesel limpo. Por meio do Selo Combustível Social, 30% da produção de Biodiesel são investidos na agricultura familiar.
Em contrapartida, o Governo do Ceará garante incentivos econômicos, assistência técnica, sementes e sacarias.
Especificamente no caso de Quixadá, que é uma cidade universitária, a mão de obra para trabalhar no programa pode ser fornecida a partir dos profissionais formados no Sertão Central.
Assim, a bancada cearense na Câmara dos Deputados, juntamente com o Governo do Ceará e a Associação dos Prefeitos do Ceará, estão buscando alternativas de utilização da Usina.
Mesmo que passe por cessão, arrendamento ou venda, que continue funcionando e seja também fortalecido o Programa de Biodiesel do Ceará. A Usina é uma conquista do nosso Ceará e vamos lutar por ela!
Odorico Monteiro
Dep. Federal
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