De acordo com o titular da pasta, o Ceará não tem hesitado em tomar todas as providências necessárias ao enfrentamento da pandemia bem como à retomada segura da economia. Mas destaca que é fundamental a colaboração de toda a sociedade para que a reabertura seja bem sucedida e não retroceda.
Dr. Cabeto afirma que o quadro geral da Covid no Ceará continua sendo de redução no número de casos e de óbitos. Entretanto, alguns surtos localizados estão sendo observados em algumas regiões. Inclusive em alguns bairros da região central de Fortaleza, que vem apresentando um aumento da taxa de positividade de exames.
A partir dos números disponíveis, o secretário avalia que não é possível falar em segunda onda da Covid em Fortaleza e no Estado. Mas também não é possível descartar que essa nova onda venha acontecer. “Atualmente, nós temos presenciado no Estado alguns eventos que trazem um maior risco de aglomeração e, consequentemente, de contágio coletivo”, afirma o secretário. “Provavelmente, o aumento da taxa de positividade em Fortaleza teve relação com alguns desses eventos”.
Transparência
De acordo com Dr. Cabeto, ainda persistem muitas indefinições sobre a doença. Entre elas, a duração da imunidade por parte das pessoas que já contraíram a Covid-19, a taxa necessária de contágio para se alcançar a chamada “imunidade de rebanho” e a possibilidade de reinfecções. Ou seja, a possibilidade de pessoas que já tiveram a doença voltarem a apresentar os sintomas.
“A Secretaria assumiu o compromisso com a sociedade cearense de sempre se pautar por muita clareza e transparência na apresentação de seus dados. E o silêncio, em situações como a que nós vivemos, pode ser sempre entendido de forma inadequada”, destaca. “Por isso, decidimos fazer essa convocação de toda a sociedade no sentido de sensibilizar as pessoas para os riscos que ainda corremos diante da Covid”.
O secretário ressalta que a Sesa nunca hesitou em demonstrar o que pensa sobre cada assunto relacionado à pandemia, independente de questões ideológicas, políticas e eleitorais. “Essas questões não servem de critério para o nosso trabalho de monitoramento e de definição dos protocolos sanitários e terapêuticos”.
Enfrentamento da pandemia
Dr. Cabeto informa que o Ceará conseguiu montar uma grande estrutura de enfrentamento da pandemia do coronavírus e que, mesmo depois do recuo dos casos, segue preparado para o atendimento de um eventual novo surto da Covid-19 no Estado. “Quero deixar o cidadão cearense ciente de que tudo o que pode ser feito está sendo feito. Nós não hesitamos em tomar medidas duras e complexas quando foi necessário”, ressalta.
Entre essas medidas, estão a implantação do centro de testagem, um dos maiores do Brasil; os estudos de inquéritos sorológicos; a importação de insumos; a ampliação expressiva do número de leitos; a abertura de UTIs do Interior; a expansão da rede hospitalar e a aquisição de novos hospitais.
O secretário lembra também que a Sesa não hesitou em cobrar da Anvisa e do Ministério da Saúde o bloqueio dos aeroportos cearenses ou pelo menos a possibilidade de testar todos os viajantes provenientes de países europeus e norte-americanos. Na última sexta-feira (16), a Sesa organizou uma barreira sanitária no aeroporto de Fortaleza para receber turistas que chegavam em vôos originários da Europa, mas o trabalho não foi autorizado pela Anvisa. Diante da proibição, a Secretaria vai acionar a Justiça para que a barreira sanitária possa ser montada.
Protocolos
Ao longo dos últimos meses, a Secretaria da Saúde vem produzindo e divulgando uma série de documentos e protocolos relacionados às medidas a serem observadas no processo de retomada das atividades econômicas e comportamentais. Sempre com o foco na proteção da saúde e da vida das pessoas.
Para o titular da Sesa, o atual momento gera muita preocupação por conta da disseminação e reverberação de muita desinformação entre os cearenses. “Por isso, elaboramos nossos protocolos embasados com que há de mais qualificado em termos de estudos, pesquisas e conclusões das maiores e melhores publicações científicas nacionais e internacionais”, explica.
A manutenção de todo o processo de reabertura, ressalta o secretário, só é possível com o respeito e a observância a esses protocolos por parte de todos e todas: gestores públicos, profissionais de saúde, empresários, trabalhadores e da população em geral. Para Cabeto, a fiscalização da observância das medidas sanitárias é urgente e necessária. Mas não é a única saída nem é a escolha mais eficaz.
“Queremos manter e reafirmar um pacto com a população cearense para que as atividades econômicas, escolares, religiosas e de entretenimento possam, aos poucos ir retornando à normalidade”, afirma.
*ceara.gov.br
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