Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados
REUTERS/Adriano Machado/File Photo - 02/04/2020
Na manhã deste domingo (3), na rampa do Palácio do Planalto e diante de manifestantes que se reuniam em apoio, disse: "Queremos a independência verdadeira dos Três Poderes. Chega de interferência. Não vamos admitir mais interferência. Acabou a paciência."
Bolsonaro disse ainda que "não há mais conversa" e que fará cumprir a Constituição, dizendo em seguida que fará a nomeação do cargo de diretor-geral da Polícia Federal. nesta segunda (4).
Políticos e autoridades se manifestaram pelas redes sociais. Houve mensagens de apoio ao presidente e também duras críticas à sua fala.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou duramente a fala do presidente. "No Brasil, infelizmente, lutamos contra o coronavírus e o vírus do extremismo, cujo pior efeito é ignorar a ciência e negar a realidade. O caminho será mais duro, mas a democracia e os brasileiros que querem paz vencerão", disse no Twitter. O presidente da Câmara também se solidarizou com os jornalistas e profissionais de saúde agredidos e citou que as instituições estão ameaçadas. O presidente da OAB nacional, Felipe Santa Cruz, fez duríssima crítica ao presidente: "Bolsonaro saiu às ruas pra dizer que a Constituição vai ser aplicada. Mas é justamente isso que está sendo feito e o decepcionando fortemente. O que ele gostaria é que a Constituição fosse aplicada, sem a parte sobre "moralidade", e "impessoalidade" - e isso não vai ocorrer."
Aglomeração e mortes
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC-RJ) disse que o presidente deverá ser responsabilizado por cada morte que ocorrer por conta das aglomerações. "Passamos dias e dias apelando às pessoas para ficarem em casa e cuidarem da saúde e o presidente segue acenando para as pessoas em aglomerações. Eu não sei onde o presidente quer chegar com isso. Mas cada vida perdida será responsabilidade dele. É um péssimo exemplo." O deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), lamentou as falas do presidente e seu apoio a aglomerações em meio à pandemia de coronavírus, além de criticar sua participação em atos que peçam o fechamento do Congresso ou do Supremo Tribunal Federal (representantes dos demais poderes da República, Legislativo e Judiciário).







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