No caso de Aécio, o doleiro Alberto Youssef, um dos principais delatores da Operação Lava Jato, afirmou "ter conhecimento" de que o senador tucano, na época em que era deputado federal, estaria recebendo recursos desviados de Furnas "através de sua irmã". Aqui, a Procuradoria entendeu que as informações reunidas sobre o presidente do PSDB não são suficientes para que ele seja investigado, por isso sugeriu ao ministro Teori Zavascki o arquivamento da denúncia.
O termo de colaboração que registra confissão do doleiro no fim do ano passado, tem como "tema principal: Furnas e o recebimento de propina pelo Partido Progressista e pelo PSDB". Além de Aécio, também são citados o ex-deputado José Janene (PP, morto em 2009) e o executivo Airton Daré, sócio da empresa Bauruense, que foi prestadora de serviços para Furnas.
O doleiro disse que recolheu dinheiro de propina na empresa Bauruense cerca de dez vezes. Em uma delas, o repasse não foi feito integralmente e faltavam R$ 4 milhões. Youssef afirmou aos investigadores ter sido informado de que "alguém do PSDB" já havia coletado a quantia pendente.
No caso de Dilma, Janot poderia, simplesmente, não ter incluído o nome dela na lista, mesmo que apenas para arquivar a investigação. Pela citação do Procurador, fica claro que as referências feitas sobre Dilma nas investigações da Lava Jato aconteceram enquanto ela ocupava cargo de ministra do governo Lula — chefiou o Ministério de Minas e Energia e comandou a Casa Civil — ou quando deixou o governo, se desincompatibilizando da Casa Civil, em 2010, para disputar sua primeira eleição presidencial.
O material enviado por Janot ao STF está em regime de segredo de Justiça. O sigilo deve ser aberto pelo ministro do Supremo Teori Zavascki.
Fonte: R7
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