terça-feira, 10 de março de 2015

Após críticas de Camilo, petistas defendem importância do PMDB


Após o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), dizer que o PMDB “não age como partido da base”, lideranças petistas do Estado e do Congresso Nacional reagiram para reverter mais uma situação de desgaste entre aliados. Ontem, o líder do Governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT), e o presidente estadual do PT, Francisco de Assis Diniz, defenderam que não há governabilidade no País sem o PMDB.

Guimarães, em entrevista ao Blog do Eliomar, põe panos quentes na discussão que se estabeleceu entre Camilo e o senador Eunício Oliveira (PMDB) sobre a relação dos partidos. Enquanto Camilo defendeu o fortalecimento de siglas como Pros e PDT e disse que o PMDB “muitas vezes está mais preocupado com o espaço que ocupa”, Eunício disse que o governador “errou de sigla” ao fazer os comentários e “tem que cuidar do próprio rabo”.

Indagado se o PMDB seria um mal necessário para a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT), Guimarães defendeu a recomposição da base e insistiu: “Não tem governabilidade do País, no momento, sem o PMDB”. O presidente estadual do PT também adotou o discurso de Guimarães e lembrou que o PMDB detém as presidências da Câmara e do Senado.

Enquanto os caciques do PT tentam superar possíveis crises, integrantes do PMDB não poupam o Governo Dilma. O deputado federal Danilo Forte (PMDB) criticou “a forma como o PT conduz sua política”. Para Forte, quando o partido vai usufruir de benesses políticas, não convida os aliados, mas quando perde “faz com que tenham de tomar decisões para defendê-lo”.

O vai e vem de declarações sobre a relação do PT e do PMDB tem dificultado a reaproximação do governo com seu principal aliado no Congresso. Tanto que lideranças têm pedido, com frequência, para se evitar tomar como posição partidária declarações que surjam de tensões políticas.

Desgaste eleitoral

Tanto petistas como peemedebistas acreditam que a discussão entre Camilo e Eunício ainda se deve à disputa pelo Governo do Estado em 2014. O próprio Eunício atrela a falta de apoio do PT ao PMDB nas eleições estaduais ao início do desgaste na relação entre os partidos.

Danilo Forte ressalta que os reflexos da disputa eleitoral ainda estão “muito vivos” no Ceará, mas reforçou a resposta de Eunício a Camilo. O representante de uma legenda não deve interferir na organização de outro partido, reafirmou Forte.

“O Ceará teve uma disputa acirrada da base. É natural que você tenha ainda esse tensionamento, mas não se pode é transformar isso na agenda política. A agenda não deve ser a reverberação de declarações que estão à luz de tensionamentos eleitorais”, tentou apaziguar um dos vice-líderes do PT na Câmara, deputado federal Odorico Monteiro.

Fonte: O Povo Online

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