Porque cita de uma vez só dois dos principais lobistas do PMDB, na Câmara e noSenado, agindo junto a empresas que não têm nada a ver com a Lava-Jato.
Assim como a delação da Camargo Correa mostrou que o esquema de corrupção da Petrobras se repetia em outras empresas, como a Eletrobras e a Nuclebras, a delação de Mello abre aos procuradores a possibilidade de investigar novas relações entre o comando da Câmara e do Senado com empresários.
A PGR desconfia que o esquema que irrigou a engrenagem usada pela Hypermarcas foi utilizada também por outras grandes empresas.
Os procuradores acreditam que cerca de 30 empresas faziam uso dos serviços de Milton Lyra e Lucio Funaro — Funaro, nunca é demais repetir, é irmão siamês de Eduardo Cunha. O esquema seria liderado por um dos maiores grupos do país.
A assessoria de Milton Lyra enviou a seguinte nota: "O empresário Milton de Oliveira Lyra Filho nega, categoricamente, as afirmações atribuídas a suposta delação do executivo Nelson Mello e desmente que em qualquer circunstância tenha se apresentado ou agido em nome de qualquer parlamentar nas falsas situações descritas pela imprensa como possível confissão de Mello.").
Por Lauro Jardim.
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