quinta-feira, 28 de abril de 2016

No Brasil temos pouca representação de mulheres que ocupam vagas nos Parlamentos, diz Aderlânia



No Ceará e no Brasil, continuamos sem ações eficientes que atendam direta e majoritariamente os problemas femininos, como gravidez na adolescência, aumento de creches e de programas de saúde para a terceira idade e educação para a inserção profissional da mulher. O individualismo, tão presente na pós-modernidade, parece ter desfeito os laços antes forjados. Representando cerca de 52% do eleitorado do Ceará, mulheres têm participação tímida no Parlamento e no Executivo.

No nosso Estado, na 29ª Legislatura, só temos 12% das 46 cadeiras da Assembleia Legislativa, apenas sete foram conquistadas por mulheres: Laís Nunes (PMB), Aderlânia Noronha (SD), Fernanda Pessoa (PR), Augusta Brito (PCdoB), Mirian Sobreira (PDT), Dra. Silvana Oliveira (PMDB) e Bethrose (PMB). "Já na Câmara Federal, dos 513 representantes, 55 mulheres, quando duas deputadas estão de licença, e das 81 cadeiras do Senado, 13 são ocupadas por elas", destacou.

Esbarrando em uma cultura machista na vida privada e nos partidos políticos, muitas das eleitas são conduzidas à vida pública por um homem. No contexto de sub-representação da mulher na política, militantes feministas alertam para a urgência na aprovação de reformas sociais e partidárias. Nas últimas eleições, duas mulheres foram eleitas deputadas federais no Ceará, Gorete Pereira (PR) e Luizianne Lins (PT), de 22 vagas. "Quanto mais participação feminina na política, mais democracia teremos", disse.

Também foi na última eleição que o Ceará escolheu a primeira vice-governadora do Estado, a ex-secretária da Educação Izolda Cela. Até hoje, nenhuma mulher conseguiu chegar ao cargo de governadora. Na Capital, a primeira a ser eleita prefeita de Fortaleza foi Maria Luiza Fontenele, em 1986, que já havia sido deputada federal.


Por Jonas Mello.

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