terça-feira, 9 de outubro de 2018

Substância de planta inibe progressão de um câncer de mama agressivo

tratamento para câncer de mama triplo negativo

Uma substância desta semente vem sendo estudada no Brasil como um pos´sivel agente anticâncer (Foto: Steve Hurst/USDA-NRCS PLANTS Database/Wikimedia Commons/Divulgação)


O tumor de mama triplo-negativo, ainda sem tratamento, foi freado pela proteína da semente da árvore tamboril (ou orelha-de-macaco) em estudos iniciais


Um dos tumores mais agressivos e para o qual houve menos avanços nos últimos anos, o câncer de mama triplo-negativo ainda não conta com um tratamento específico. Mas uma proteína extraída de sementes da árvore Enterolobium contortisiliquum – conhecida popularmente como tamborilou orelha-de-macaco – pode ser a esperança para o tratamento dessa doença no futuro.

Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) constataram, em um estudo, apoiado pela Fapesp, que essa molécula é capaz de inibir a metástase do câncer de mama triplo-negativo e de outros tipos de tumor, como o gástrico e o melanoma. Para quem não sabe, metástase é a disseminação da doença para outras partes do corpo.

Os resultados foram apresentados por Maria Luiza Vilela Oliva, professora da Unifesp e coordenadora da pesquisa, em palestra na Fapesp Week Belgium. O encontro, realizado em Bruxelas de 8 a 10 de outubro, reúne cientistas brasileiros e belgas com o objetivo de estreitar parcerias.

“Constatamos que a proteína inibe a invasão, a proliferação e a metástase de tumor de mama triplo-negativo em testes in vitro [em células no laboratório] e, no caso do melanoma, tanto em modelo in vitro como in vivo [em animais]”, disse Maria Luiza, à Agência Fapesp.

Essa substância, denominada Enterolobium contortisiloquum inibidor de tripsina (EcTI, na sigla em inglês), foi isolada por Maria Luiza durante seu doutorado, no final da década de 1980. A partir daquela época, a cientista começou a tentar isolar outras moléculas similares de sementes de leguminosas da flora brasileira.

Por Agência Fapesp

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