segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Polícia caça 22 adolescentes que sumiram durante nova rebelião em um centro educacional. Neste ano, já fugiram 200

Patrulhas do Cotam cercaram o Centro do Bosco, mas 22 menores já haviam escapado no motim

O Corpo de Bombeiros também foi mobilizado para debelar o incêndio criminoso no prédio

Um menor é atendido pelo Samu depois de se ferir em meio ao tumulto durante a rebelião

Permanecem foragidos 22 adolescentes do Centro Educacional Dom Bosco, localizado no bairro Passaré, na zona sul da Capital, destinado à internação de menores infratores. Na noite do último sábado (12), uma nova rebelião foi registrada ali. Os internos provocaram um incêndio e muita destruição . Segundo a Justiça, somente neste ano, cerca de 200 fugas foram registradas nestas unidades, com cerca de 60 rebeliões.

Conforme a Polícia Militar, ainda na sexta-feira, os internos do “Dom Bosco” iniciaram uma rebelião, logo contida com a chegada de reforço policial em apoio ao trabalho dos agentes educacionais. No sábado, no entanto, os internos agiram com mais violência e rapidez.

Colocaram fogo em várias dependências da instituição, e muitos aproveitaram a confusão formada no local e conseguiram escapar antes da chegada de patrulhas da PM. Ao menos 22 deles não foram localizados após uma chamada feita quanto o motim foi contido.

Patrulhas do Comando Tático Motorizado (Cotam), do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) e equipes do Corpo de Bombeiros foram mobilizados, além de um helicóptero da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) para atender à ocorrência.

Rotina perigosas

Fugas, rebeliões e muita quebradeira agora fazem parte da perigosa rotina dos 15 centros educacionais existentes em Fortaleza destinado ao internamento de jovens em conflito com a lei. Quatro deles, o “São Francisco”, o “Patativa do Assaré”, o “Dom Bosco” e o “Passaré” foram alvo de seguidas rebeliões e completa destruição nos últimos meses.

Segundo o juiz titular da 5ª Vara da Infância e da Juventude de Fortaleza (responsável pela aplicação de medidas educacionais contra os adolescentes), Manuel Clístenes de Façanha, cerca de 200 menores conseguiram fugir nestas seguidas rebeliões.

Muitos dos “fujões” acabam sendo recapturados pela Polícia quando praticam novos atos infracionais. Outros são levados de volta aos centros pela própria família, mas a maioria permanece desaparecida. 

Fonte: Blog do Jornalista Fernando Ribeiro.

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