
Cunha terá, agora, um prazo de 10 dias úteis para apresentar, através de seus advogados, sua defesa diante da decisão dos membros do Conselho de Ética. A tramitação do processo, no entanto, poderá ficar para 2016, pois não está definido, ainda, se o Congresso Nacional irá suspender seu recesso de fim de ano. Isto somente poderá ser decidido amanhã, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) analisar os ritos de abertura de um provável processo de impeachment da Presidente Dilma Rousseff (PT).
A sessão no Conselho de Ética foi, mais uma vez, marcado por tentativas de manobras dos aliados de Cunha em tentar adiar a votação sobre o parecer do relator do processo. Foram quase três horas de discussão, com pedidos de vista e de adiamento da votação. Por fim, a Presidência decidiu colocar a matéria em votação diante de que um adiamento iria desgastar, mais ainda, a imagem do Conselho.
Operação
A aprovação do parecer que abre caminho para provável cassação do mandato de Eduardo Cunha aconteceu horas após a Polícia Federal deflagrar uma operação em vários estados e no Distrito Federal, em busca de provas do envolvimento de políticos com o recebimento de propina para financiamento de campanha, com dinheiro oriundo de negócios milionários realizados pela Petrobras.
A residência oficial de Eduardo Cunha, em Brasília; sua residência particular, no Rio de Janeiro; e até seu gabinete, na diretoria da Câmara dos Deputados, foram “alvos” de uma devassa policial determinada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu a pedido do procurador-geral da Justiça, Rodrigues Janot. Na investigação, Cunha é suspeito de ter recebido cerca de US$5 milhões para sua campanha, através de dinheiro obtido pela Petrobras no contrato do aluguel de um navio-sonda.
Além de Cunha, outros políticos foram também “alvos” da operação da PF, entre eles, o deputado federal Aníbal Ferreira Gomes (PMDB/CE); e o senador Edison Lobão, do Maranhão (PMDB/MA), e dois ministros do Governo Dilma.
* FERNANDO RIBEIRO/Ceará News7
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