Aos críticos do trabalho solo da cantora Simone Mendes só restou o silêncio ao serem revelados os ganhadores do Prêmio Multishow 2023, na noite de terça-feira (7). No Rio de Janeiro, na Arena Jeunesse, a baiana venceu com "Erro Gostoso" as categorias "Hit do Ano" e "Sertanejo do Ano". Ela enfrentou veteranos e nomes em alta nas plataformas de streaming de música.
Em 2023, todos os indicados ao prêmio foram escolhidos por meio de uma academia formada por mais de 700 pessoas — incluindo este colunista. Jornalistas, produtores culturais, radialistas, empresários, entre outros trabalhadores do setor do entretenimento e da cultura, selecionaram e votaram nos vencedores.
Cada jurado somou diferentes critérios para ponderar um voto, seja por ser o "mais tocado" ou que tem "mais seguidores". Sim, isso é uma realidade. Ao mesmo tempo, cada membro levou em consideração cenários diferentes.
Para um grande número de membros da Academia, o que foi colocado em jogo na hora de escolher o vencedor foi muito mais a trajetória do artista no último ano do que qualquer número de plataforma
Consolidação como solista
Apesar de ter os fãs como segunda voz nos shows, Simone Mendes precisou enfrentar, sim, a "solidão" do palco para engatar a carreira solo. Não é da noite para o dia que alguém esquece uma irmã com que cantou junto por mais de 10 anos em todo o País. Até teve testes de uma carreira solo, como quando, por alguns meses, a coleguinha cantou sozinha em momentos que Simaria esteve doente, com quadro de tuberculose.
De fato, talento Simone sempre teve de sobra. Por ocasião do destino, ou não, a vida dela ainda cruzou com a de Eduardo Pepato — ex-produtor de Marília Mendonça. Quem acompanhou a sertaneja nos últimos anos viu o quanto ela abraçou a própria carreira.
Cargos que eram da irmã, da produção do show e também da escolha repertório, passaram a ser atividades de Simone. E, pelo visto, a tomada de rédea da carreira deu certo.
Desde que iniciou a carreira solo, Simone foi abraçada pelo público e por outros artistas. Se ela ainda sentia algum medo ou pressão em caminhar como solista na música, agora — mais do que nunca —, pode ficar despreocupada.
Aos críticos por Ana Castela não ter ganhado, um pedido de paciência. Sim, ela foi destaque em 2023. Talvez, fosse muito mais simbólico ela ter concorrido na categoria "Revelação" com nomes do mesmo porte. Não pode ser deixado de lado o fato das inúmeras indicações. É preciso entender que o nome dela, mesmo em alta, ainda, sim, precisa de uma maturidade ao mercado e aos ouvidos de certas regiões do País.
Fonte: Diário do Nordeste
Escrito por João Lima Neto
Foto: Reprodução/Facebook/Multishow
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