O governador Camilo Santana (PT) e o prefeito Roberto Cláudio (Pros) estão querendo se promover com o chapéu alheio. O Camilo disse: “o compromisso desse investimento é nosso”. Como pode garantir que o recurso de R$ 1,8 bilhão que virá (?!) da privatização do aeroporto será utilizado num novo terminal exclusivo para a TAM? Se mesmo assim vier o recurso, esse não será do Estado, mas da União. Aliás, é o argumento que a Dilma usa para privatizar é não dispor de recursos e a pouca eficiência na celeridade das obras públicas.
Já o RC disse: “ver a expansão de um novo terminal, da extensão da pista… aumentar toda a cadeia produtiva do comércio e serviços de Fortaleza… a prefeitura vai estimular com área geográfica com redução de ISS e IPTU”.
Onde será essa área? Todo o terreno do aeroporto é da União, como vai reduzir IPTU em área que não é de sua jurisdição? O pequeno terreno da PMF que fica perto do aeroporto está com uma ocupação até hoje não resolvida pela PMF, ainda sendo área de proteção ambiental.
O prefeito fala de extensão de pista, esse é o principal entrave para o HUB não vir para Fortaleza. O Pinto Martins só tem uma pista para pousos e decolagens e é quase impossível construir outra pista. Pelo que a matéria informa, a Infraero não confirmou se vai dar andamento à obra.
A TAM informa que vai definir a cidade até final de 2015. E a obra parada? Será que o Estado vai fazer projeto, licenciar, licitar, iniciar e concluir a obra em menos de dois anos? Existe a garantia desse leilão ocorrer como planejado pelo governo num ambiente de incertezas e riscos econômicos e políticos? E se não houver interessados? E se a obra ficar parada e o HUB não vir?
O governo deveria ter juntado todas essas forças políticas, empresariais e sociais para socorrer os sofridos pela seca e fome no Ceará, só depois pensar nesse tipo de sonho, que pode virar pesadelo igual foi da refinaria.
* Almir Sousa.
Servidor público e membro do PSB do Ceará.
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