quarta-feira, 7 de agosto de 2024

16 mil pessoas receberão qualificação profissional por meio de projeto do Governo do Ceará

 


Meta é ofertar 800 turmas até abril de 2025, sempre com foco nas demandas do mercado de trabalho

Com o compromisso de promover a inclusão sociodigital e a inserção produtiva com foco no emprego e renda, o Governo do Ceará lançou, nesta segunda-feira (5), por meio da Secretaria do Trabalho e em parceria com o Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec), o Projeto Qualificar+. A cerimônia de lançamento contou com a presença da vice-governadora e secretaria das Mulheres, Jade Romero; do secretário do Trabalho, Vladyson Viana; do presidente do Centec, Acrísio Sena; da secretaria da Igualdade Racial, Zelma Madeira; e outras autoridades.

Com investimento de R$ 21,3 milhões e previsão de 800 turmas a serem contempladas até abril de 2025, o Qualifica+ oferta cursos em quatro eixos educacionais: Indústria 4.0; Tecnologias Emergentes; Agroecologia, Agroindústria e Produção Industrial; e Hospitalidade. O projeto irá atender as 14 regiões do estado. A previsão total é de 16 mil cursistas até abril de 2025.



Representando o governador Elmano de Freitas, a vice-governadora Jade Romero ressaltou o compromisso do Governo do Ceará com a promoção de oportunidades. “Esses cursos fazem muita diferença na hora de colocação no mercado de trabalho, porque a formação profissional é fundamental. Então esse investimento é muito importante para a população, é muito importante dar essa oportunidade. A gente vê como uma missão dar essa oportunidade, em especial àquelas famílias com situação de vulnerabilidade social”, pontuou. “São cursos ofertados nas mais diversas áreas, e com o objetivo de colocar o cearense no mercado de trabalho e elevar o salário médio da nossa população”, complementou.



Para uma otimização da oferta dos cursos, o secretário do Trabalho, Vladyson Viana, explicou que foi feita uma análise das demandas mercado de trabalho. “Nosso intuito com esse projeto é qualificar os trabalhadores cearenses a partir de uma demanda de mercado. Nós fizemos levantamento de onde existiam aquelas ocupações que tinham maior necessidade de ter profissionais, de preparar melhor esses trabalhadores, e por isso nós estamos ofertando [cursos] em todo o território cearense”, compartilhou. “Prepararemos os trabalhadores cearenses para ocupar essas oportunidades que surgem mês a mês no Ceará”, completou.

Foi no eixo de Agroecologia que surgiu a demanda para a comunidade indígena Tapeba, na Caucaia, que tem recebido o curso de Operador de Processamento de Frutas e Hortaliças. Francisco Cláudio, conhecido como Cajá, pontuou a importância do programa. “É muito importante porque estamos capacitando jovens e veteranos na nossa comunidade. Todos estamos aprendendo a fazer algo novo, que vai servir tanto para o nosso dia a dia como para a gente como empreendedor, se assim quiser”.



É com essa política comprometida de trabalho que nos seis primeiros meses de 2024, o Ceará alcançou a marca de 31,5 mil postos de trabalho gerados, colocando-se como o 10º maior gerador de empregos do País e o segundo do Nordeste, atrás somente da Bahia (54.435).

Proximidade com a população

Foi pensando na descentralização de oportunidades, e otimização de deslocamento da população, principalmente a mais vulnerável, que os cursos estão sendo ofertados nas instalações de associações, sindicatos, cooperativas, organizações sociais, espaços religiosos, escolas de rede pública e privada, espaços da iniciativa privada e na rede de ensino, ciência e pesquisa do Centec através dos CVTs, CVTECs e Fatecs.



O presidente do Centec, Acrísio Sena, responsável pela oferta dos cursos, ressaltou a importância dessas parcerias. “A gente territorializou os cursos e jogou para cada comunidade apresentar as suas demandas, definidos apenas os eixos. São cursos de formação inicial, que vai até 160h, com uma variedade de mais de 100 cursos”, explicou. “Para alcançar mais pessoas, nós temos investido em diálogo com associações, organizações não governamentais, para fazer esse estímulo do território, porque as realidades são distintas, isso envolve até a mobilidade dos alunos para se deslocar. Com essa forma de trabalho, impacta até na evasão do curso”, completou.

Entre os grupos prioritários para os cursos estão os beneficiários do Ceará Sem Fome. Dentro do Projeto Qualificar+ para esse público foram criados 110 Cursos de Padaria Artesanal com carga horária de 20h.



Também serão abertas turmas de curso de Bartender (10 turmas), Turismo (10 turmas), Espanhol para Turismo (10 turmas), Agente de recepção e reservas em meio à hospedagem (15 turmas), auxiliar de padaria (15 turmas), auxiliar de confeitaria (15 turmas), auxiliar de cozinha (15 turmas), totalizando 257 turmas até o próximo ano.

Para além do Ceará Sem Fome, o projeto tem como objetivo dar uma atenção especial aos grupos vulneráveis e historicamente marginalizados, como mulheres, negras e negro, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência.
Sentir-se atendido



Dona Leni, indígena da etnia Tapeba, comemorou a chegada do curso no eixo de Agroecologia para a comunidade. Segundo a mesma, o sentido é de “ser atendido”. “Esse curso é um aproveitamento e tanto para nós, como indígena. Antigamente a gente não sabia o que era um curso desse, não chegava até a gente, agora sabemos porque nossa demanda foi atendida. É muito bom a gente aprender para repassar pros nossos jovens, impactar na vida de tantos”, compartilhou. “Mesmo nós indígenas ainda temos muito a aprender e a compartilhar com nossos professores. Então é uma experiência maravilhosa”, concluiu.


Isabella Campos - Ascom Casa Civil - Texto
Hiane Braun - Casa Civil - Fotos

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