domingo, 11 de julho de 2021

Pacheco diz que Congresso não aceitará 'retrocesso' nem 'frustração das eleições'

Pacheco diz que Congresso não aceitará 'retrocesso' nem 'frustração das  eleições' | Política | G1
(divulgação)

De acordo com o presidente do Congresso, a Constituição deve ser preservada "a qualquer custo".


"Gostaria de reafirmar o nosso compromisso com valores democráticos, com a Constituição, concebida a duras penas e que é nosso dever preservar a qualquer custo."

Pacheco também comentou a ofensa de Bolsonaro ao presidente do TSE, ministro Luis Roberto Barroso. O presidente da República chamou Barroso de "imbecil" por não fazer a defesa do voto impresso.

"Não concordo com esse método, tampouco concordo com ataques pessoais a autoridades públicas ou ao qualquer cidadão. Eu considero que a divergência de ideias deve ser discutida no campo das ideias, da tese, e não das pessoas. Portanto, eu me solidarizo com o ministro Luis Roberto Barroso, presidente do TSE, e discordo de qualquer ataque pejorativo que seja feito a ele ou a qualquer brasileiro nesse tom", afirmou o presidente do Congresso.

Rodrigo Pacheco disse ainda que a democracia no Brasil está "consolidada" e "assimilada" pela sociedade e que "todo aquele que pretender algum retrocesso ao estado democrático de direito será apontado pelo povo e pela história como inimigo da nação".

CPI

Pacheco disse não considerar justa a crítica do relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), que se queixou de falta de apoio da Presidência do Senado à comissão parlamentar de inquérito.

Renan Calheiros cobrou apoio dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e de Pacheco.

"Novamente fazer aqui um apelo ao presidente da Câmara dos Deputados, que não tem perdido oportunidade para falar mal da comissão parlamentar de inquérito, a exemplo do presidente da República, e fazer um apelo ao presidente do Senado Federal, para que definitivamente apoiem os trabalhos, o aprofundamento da investigação, que nós vamos adiante", afirmou o relator da CPI.

Pacheco disse que a comissão teve "todo" o apoio dele e disse esperar um trabalho "contundente" e "isento".

"Não há, de minha parte, qualquer interferência na CPI, não me permito interferir na CPI. Espero que ela o faça [o trabalho], de maneira isenta, contundente, respeitosa. Espero que o resultado da CPI seja um resultado justo, essa é a minha expectativa", disse o presidente do Senado.

Sobre o pedido de prorrogação do período de funcionamento da comissão, Rodrigo Pacheco afirmou que, se houver critério objetivo, fato determinado, assinaturas necessárias, o requerimento será lido por ele.

"O requerimento de prorrogação apresentado pelo senador Randolfe [Rodrigues, Rede-AP], tendo o critério objetivo, os requisitos de fato determinado, ele será lido a tempo de dar continuidade à CPI. Não é intenção da presidência interromper o trabalho. O que é regimental, ou constitucional será cumprido", afirmou.

Forças Armadas

O presidente do Senado voltou a se manifestar sobre o atrito nesta semana entre a CPI e as Forças Armadas.

Na última quarta-feira, o presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), disse que os "bons das Forças Armadas devem estar muito envergonhados com algumas pessoas que hoje estão na mídia". O senador se referia a militares, da ativa e da reserva, e ex-militares que ocupam cargos públicos, especialmente no Ministério da Saúde.

Em resposta, o Ministério da Defesa e os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica divulgaram nota dizendo que a declaração de Aziz atingia as Forças Armadas de forma "vil e leviana".

Rodrigo Pacheco disse ter conversado com Braga Netto, ministro da Defesa, e com o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, comandante do Exército, sobre o episódio. Para o congressista, o atrito está "encerrado".

"O próprio senador Omar Aziz, no plenário, destacou que não houve intenção de sua parte de ofender as Forças Armadas. Por sua vez, o ministro Braga Netto também disse que a nota [da Defesa] também não se dirigia ao Senado genericamente, mas a essa fala [de Aziz] que interpretaram como uma agressão às Forças Armadas. E, ambos, Senado e Forças Armadas, compreenderam esse esclarecimento e deram o assunto por encerrado", afirmou o presidente do Senado.

*G1

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