(Divulgação)
O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu na noite de quarta-feira (5) que o governo não tem dinheiro para pagar parcelas adicionais do auxílio emergencial no valor de R$ 600. Em entrevista à emissora Record News, Guedes afirmou que o governo está estudando alternativas para manter o pagamento até o fim do ano, mas não citou outro valor que fosse possível para os cofres públicos.
“O auxílio emergencial tem uma camada de dois ou três meses de proteção. Essa parte está equacionada, mas agora temos esse tempo para planejar daqui até o fim do ano”, disse.
O governo argumenta que gasta cerca de R$ 50 bilhões a cada parcela do auxílio emergencial, mas a pressão social e da classe política para manter os pagamentos no mesmo patamar até o fim do ano tem sido grande.
‘Paciência’
Em outra parte da entrevista Guedes voltou a defender a cobrança de um imposto digital, que ele chama de “base ampla”, e reclamou da forma como o Congresso trata suas tentativas de emplacar o que os adversários chamam de “nova CPMF”.
Guedes afirmou que não há “paciência” com a proposta que ele defende, e que ele considera que os críticos estão, então, defendendo o modelo atual, que onera a folha de pagamento das empresas, principal alvo do ministro na reforma tributária.
“Eu só queria a mesma paciência para tratar de um imposto digital que existe em relação aos impostos sobre folha salarial”, afirmou ele, que em seguida referiu-se à morosidade com que a reforma tributária tramita no Congresso.
Ele ainda citou a resistência de prefeitos à proposta de unificação de tributos que atingiriam, por exemplo, as receitas municipais com ISS (Imposto Sobre Serviços).
Guedes foi questionado se não estaria sendo vago ao citar contrapartidas à criação de um imposto sobre transações digitais, e respondeu que “tanta coisa boa pode ser feita”. Em seguida, citou como exemplos: aumentar o limite de isenção do imposto de renda para pessoas físicas, desonerar o salário mínimo e acabar com a cobrança de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre a chamada linha branca (geladeiras, fogões e máquinas de lavar, entre outros).
Valor
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