Durante a reunião, o presidente do senado afirmou que a privatização da Eletrobras e de suas concessionárias necessita de mais tempo para ser debatida e que isso fica inviável tão próximo das eleições. O senador disse que espera que o tema seja pauta de discussão dos presidenciáveis com a sociedade antes de ser colocado para votação no legislativo. A Medida Provisória (MP) 814/2017 prevê a inclusão no Programa Nacional de Desestatização (PND) das empresas controladas pela Eletrobras, incluindo a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf). Na oportunidade, os representantes do CNE entregaram a Eunício Oliveira um dossiê contrário à privatização da estatal.
O Sindeletro avalia que o compromisso assumido pelo senador Eunício Oliveira de não colocar na pauta de votação de 2018 a privatização da Eletrobras e de suas concessionárias já é resultado da mobilização nacional contra a venda do setor elétrico. No Ceará, no último dia 12 de março, o Sindeletro articulou com o deputado estadual Elmano de Freitas (PT) uma reunião com o governador Camilo Santana que ratificou seu apoio ao movimento contra a entrega da Eletrobras ao capital estrangeiro. Na ocasião, Camilo também se comprometeu a conversar com Eunício Oliveira para que ele se posicionasse contra a privatização da Eletrobras.
A Diretoria do Sindeletro reforça que as entidades sindicais do setor elétrico vão aproveitar o tempo ganho com a decisão do presidente do Senado de não colocar na pauta de votação da Casa em 2018 a privatização da Eletrobras para ampliar a rede de apoio ao movimento de defesa da estatal, principalmente, buscando o apoio da opinião pública. É necessário e urgente ampliar o debate sobre os prejuízos que serão gerados com a venda da estatal e de suas subsidiárias, entre elas a Chesf, como o aumento da energia elétrica e a ameaça ao Rio São Francisco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário