Uma manifestação organizada através das redes sociais, realizada no fim da tarde desta segunda-feira, 28, em Quixeramobim, lembrou os primeiros 365 dias sem funcionamento do Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), marcando o dia da inauguração simbólica feita pelo ex-governador Cid Gomes, às vésperas de entregar o cargo ao o seu substituto, o governador Camilo Santana. Cruzes com o mesmo número de dias sem funcionamento foram fincadas defronte a obra, que já está recebendo o título de “Hospital Fantasma”. Em seguida houve um abraço simbólico e um irônico parabéns de aniversário.
Os organizadores da manifestação esperavam um número maior de participantes no ato público, afinal, entrando em funcionamento o HRSC, que recebe o nome do padre José Van Esch, atenderá toda a população de Quixeramobim e de outros 20 municípios da região. Mas quem acabou entendendo o apelo foram o deputado estadual Tomas Holanda, o deputado federal Danilo Forte, e ainda vereadores Rômulo Filho e Teodomiro Fernandes, de Quixeramobim, e Kelton Dantas, de Quixadá.
Sobre o início do funcionamento do Hospital Regional, o governo do Estado havia informado que Camilo Santana está buscando a formação de um convenio com o Ministério da Saúde, para custearem juntos, na proporção de 50%, as despesas mensais de R$ 10 milhões, principal empecilho para o inicio do funcionamento do HRSC. A estimativa inicial era de que começasse a atender os pacientes a partir do início deste semestre.
Entretanto, com o pronunciamento do vereador Romulo Filho, de que o governo do Estado negou a realização de uma fiscalização da obra, pelos vereadores e deputados, deixou a população ainda mais intrigada. Alguns chegaram até a comentar que os equipamentos encontrados no interior do HRSC, no dia da visita de inauguração simbólica foram retirados e instalados noutro hospital.
A reportagem do Diário do Nordeste tentou manter contato telefônico com a Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), para saber por quais motivos os vereadores e deputados que participaram da manifestação não puderam vistoriar o Hospital Regional do Estado, todavia, até a publicação desta edição as ligações não haviam sido atendidas.
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