Iniciativa deve estimular o desenvolvimento sustentável com foco na economia verde
A cooperação estabelece as seguintes ações: desenvolver mecanismos financeiros que permitam futuros projetos relacionados com hidrogênio de baixo teor de carbono e à preservação do bioma Caatinga; explorar eventuais oportunidades de projetos de energia solar, água e saneamento; e promover a troca de experiências, conhecimentos e financiamento de infraestrutura pública digital para a expansão da conectividade, o desenvolvimento de plataformas digitais, melhores práticas em segurança cibernética e fomentar o desenvolvimento de habilidades digitais.
O governador do Ceará, Elmano de Freitas, destacou que a mudança de matriz energética é uma oportunidade histórica e de justiça social para o Brasil e o Nordeste. “O memorando de hoje é para aproveitarmos a experiência do Banco Mundial e aplicar em nosso projeto de desenvolvimento para o Hidrogênio Verde no Ceará, para colhermos as experiências que o Banco tem em outros lugares do mundo” disse.
Segundo ele, o Ceará está avançando na implementação do Hub de Hidrogênio Verde no Complexo Industrial e Portuário do Pecém. O estado já conta com um financiamento do Banco Mundial, no valor de R$ 600 milhões, para modernização do Porto do Pecém.
Johannes Zutt, diretor do Banco Mundial para o Brasil, afirmou que a assinatura é um passo importante de uma caminhada que tem como objetivo o desenvolvimento sustentável da Região. “Para nós, do Banco Mundial, esperamos que a Região Nordeste do Brasil se torne um líder global deste desafio”, pontuou.
O governador da Paraíba e presidente do Consórcio Nordeste, João Azevêdo, também falou do potencial do Nordeste. “Sabemos que a nossa Região pode ser a grande protagonista da produção de hidrogênio verde. É preciso que tudo isso aconteça de forma harmônica e regulamentada. Esse memorando permitirá a criação de ambiente propício para a fase de transição energética, com o compartilhamento de expertises”, avaliou.
Também estavam na pauta da reunião do Consórcio Nordeste os leilões de linhas de transmissão e a prorrogação de benefícios tributários de investidores na economia verde. “Só no Ceará estamos falando de mais de R$ 10 bilhões que precisam dessas decisões do Governo Federal para a formação de parques eólicos e parques solares. Por isso, a importância do diálogo com o Governo Federal, por meio do ministro Alexandre [Silveira], de Minas e Energia”, reforçou Elmano de Freitas.
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