terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Balança comercial tem superávit de US$ 74,55 bilhões em 2024

Tânia Rêgo/ Agência Brasil


A queda no preço de diversos produtos agrícolas e o crescimento das importações decorrente da recuperação econômica fizeram o superávit da balança comercial (exportações menos importações) cair em 2024. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), o país exportou US$ 74,552 bilhões a mais do que importou no ano passado.

O resultado representa queda de 24,6% em relação a 2023, quando o saldo da balança comercial tinha batido recorde e registrado superávit de US$ 98,903 bilhões. Mesmo assim, é o segundo maior saldo anual positivo desde o início da série histórica, em 1989.

No ano passado, o país exportou US$ 337,036 bilhões, com recuo de apenas 0,8% em relação ao recorde de exportações de US$ 339,696 bilhões registrado em 2023. Em contrapartida, as importações cresceram 9% e encerraram 2024 em US$ 262,484 bilhões, contra US$ 240,793 bilhões em 2023.

Estimativas

O superávit veio acima das estimativas da pasta, que previa saldo positivo de US$ 70 bilhões para 2024. As exportações ficaram levemente acima da projeção de US$ 335,7 bilhões divulgada pela pasta em outubro. As importações encerraram o ano levemente abaixo da previsão de US$ 264,3 bilhões.

Na comparação entre volume e preços, o total de mercadorias exportadas cresceu 3% em 2024, com os preços médios caindo 3,6%, puxado principalmente pela soja e pelo milho. O volume de bens importados subiu 17,2%, impulsionado pelo crescimento do consumo decorrente da recuperação econômica. Os preços médios das mercadorias importadas recuaram 7,4%.

Pela primeira vez, o Mdic divulgou estimativas para a balança comercial do ano em janeiro. A pasta prevê que o Brasil terá superávit entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões em 2025, com as exportações ficando entre US$ 320 bilhões e US$ 360 bilhões, e as importações entre US$ 260 bilhões e US$ 280 bilhões. Tradicionalmente, a pasta divulgava as projeções para o ano a partir de abril, com revisões em julho e em outubro.

Petróleo

Na divisão por produtos, o petróleo bruto tomou o lugar da soja entre as maiores exportações brasileiras em 2024. No ano passado, o valor exportado subiu 5,2%, com o volume embarcado aumentando 10,1%, e o preço médio caindo 4,4%. As exportações de soja recuaram 19,4% em valor, com o volume caindo 3% e o preço médio, 16,9%.

Com o milho, o desempenho foi ainda pior no ano passado. O valor exportado recuou 39,9%, com o volume embarcado desabando 28,8%, e os preços caindo 15,6%. Tanto a soja como o milho sofreram com as condições climáticas no ano passado, marcado por enchentes na Região Sul e forte seca no Sudeste e no Centro-Oeste.

Dezembro


No resultado de dezembro, a balança comercial teve superávit de US$ 4,803 bilhões, com queda de 48,5% em relação a dezembro de 2023, quando o resultado tinha ficado positivo em US$ 9,323 bilhões. As exportações somaram US$ 24,904 bilhões, com queda de 13,5% em relação a dezembro de 2023. As importações totalizaram US$ 20,101 bilhões, com alta de 3,3% na mesma comparação.

Assim como ao longo do segundo semestre de 2024, a combinação de queda no preço das commodities (bens primários com cotação internacional), de menor safra e de alta nas importações provocada pelo aumento do consumo influenciou o saldo comercial. Em dezembro, o volume de mercadorias exportadas caiu 8,8%, com o preço médio recuando 5% na comparação com o mesmo mês de 2023.

Apenas na agropecuária, o volume de exportações caiu 20,4% em dezembro em relação a dezembro de 2023, com destaque para soja, milho e café. O preço médio recuou 3,8%. Na indústria extrativa, o volume despencou 19,4%, e o preço médio despencou 18,4%, impulsionado tanto pela queda nas exportações mensais de petróleo e de minério de ferro.

Em relação às importações, o volume de mercadorias compradas subiu 8%, com o preço médio caindo 6,6% em relação a dezembro de 2023. Os principais destaques foram motores não elétricos, partes e acessórios de veículos automotivos e medicamentos.

*Agência Brasil.

Arrecadação federal fecha em R$ 209,21 bi em novembro

José Cruz/Agência Brasil


A arrecadação total do governo federal cresceu 11,21% em novembro de 2024 em relação a novembro de 2023, totalizando R$ 209,21 bilhões, informou hoje (7), em Brasília, a Receita Federal. O resultado de novembro é o melhor desempenho para o mês desde 2013, quando a arrecadação ficou em R$ 188,1 bilhões em valores corrigidos pela inflação medida pelo Índice de Preços Amplos ao Consumidor (IPCA).

No período acumulado de janeiro a novembro de 2024, a arrecadação alcançou R$ 2.391.437 milhões, representando acréscimo real de 9,82%, descontada a inflação medida pelo IPCA.

Em relação às Receitas Administradas pela Receita Federal, o valor arrecadado, em novembro, foi de R$ 203 bilhões - acréscimo real de 12,26%. No período acumulado de janeiro a novembro, a arrecadação alcançou R$ 2,27 trilhões, registrando acréscimo real (IPCA) de 9,92%.

Segundo a Receita, o acréscimo observado no período pode ser explicado pelo comportamento das variáveis macroeconômicas, pelo retorno da tributação do Programa de Integração Social e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) sobre combustíveis, pela tributação dos fundos exclusivos e pela atualização de bens e direitos no exterior.

Sem considerar esses pagamentos atípicos, haveria um crescimento real de 7,72% na arrecadação do período acumulado e de 11,03% na arrecadação de novembro.
Crescimento

Em novembro, a Receita disse que, em relação ao PIS/Pasep e a Cofins, houve uma arrecadação conjunta de R$ 46.093 bilhões, representando expansão real de 19,23%.

A Receita Federal informou que esse desempenho é explicado pela combinação dos aumentos reais de 8,82% no volume de vendas e de 6,33% no volume de serviços entre outubro de 2024 e outubro de 2023, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE); e pelo acréscimo da arrecadação relativa ao setor de combustíveis, pelo aumento no volume de importações e pelo desempenho positivo das atividades financeiras.

No período de janeiro a novembro, a arrecadação conjunta do PIS/Pasep e da Cofins foi de R$ 483,93 bilhões, representando crescimento real de 19,23%.

Ainda em novembro, a arrecadação do Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social Sobre o lucro Líquido (CSLL) apresentaram atingiram R$ 32,69 bilhões, representando aumento real de 12,62%.

O desempenho pode ser explicado pelos acréscimos reais de 14,93% na arrecadação da estimativa mensal, de 5,45% no lucro presumido e de 7,63% na arrecadação do Simples Nacional. Já o Imposto Retido sobre a Renda de Capital (IRRF-Capital) teve uma arrecadação de R$ 9,78 bilhões - aumento real de 28,9%.

A Receita disse, ainda, que o Imposto sobre Importação e o IPI-Vinculado à Importação apresentaram, em novembro, uma arrecadação conjunta de R$ 10,64 bilhões - crescimento real de 58,82%.

Entre janeiro e novembro de 2024, o Imposto sobre Importação e o IPI-Vinculado à Importação anotaram uma arrecadação conjunta de R$ 98,4 bilhões, representando alta real de 31,64%.

Receita previdenciária


Em novembro, a Receita previdenciária foi de R$ 54,36 bilhões - expansão real de 3,79%, principalmente em razão do aumento na massa salarial.

No período de janeiro a novembro, a Receita Previdenciária totalizou R$ 596,06 bilhões, com expansão real de 5,59%.

Esse resultado se deve ao crescimento real de 7,15% da massa salarial e de 12,51% no montante das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária, no período de janeiro a novembro de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior.


* Agência Brasil
LUCIANO NASCIMENTO - REPÓRTER DA AGÊNCIA BRASIL
Edição: Kleber Sampaio

Escola de Gastronomia Social oferta 300 vagas para cursos gratuitos em janeiro

Os cursos são gratuitos e acontecerão nas modalidades on-line e presencial no mês de janeiro

A Escola de Gastronomia Social (EGSIDB), equipamento público da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult) gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), anuncia a abertura das inscrições para uma nova temporada de cursos rápidos gratuitos, ideais para quem deseja se aproximar do mundo da culinária ou iniciar uma jornada profissional no setor. As inscrições podem ser feitas on-line, diretamente no site oficial da Escola de Gastronomia Social, ou se optar, é possível realizar a inscrição presencialmente na escola. As vagas são limitadas e preenchidas por ordem de inscrição.

Com uma proposta pedagógica que une técnica e cultura alimentar, 11 cursos contam com 300 vagas, oferecendo uma oportunidade única de aprendizado tanto para iniciantes quanto para entusiastas que desejam aprimorar suas técnicas culinárias ou até mesmo explorar novas possibilidades de carreira. Além de gratuitos, os cursos são realizados em um ambiente totalmente equipado, com ingredientes de qualidade e metodologias acessíveis. As aulas também incentivam a troca de experiências, promovendo conexões entre pessoas apaixonadas por gastronomia e estimulando o uso da culinária como ferramenta de transformação social.

A programação abrange diferentes áreas da gastronomia, permitindo que os participantes desenvolvam desde habilidades básicas até noções específicas de tradições culinárias brasileiras. Os cursos foram divididos em dois ciclos de aulas:

CICLO 1: Marketing Digital: Geração de conteúdo para redes sociais
Fichas Técnicas: Custo e Precificação
Marmitas Saudáveis
Caldos e Sopas
Básico em Panificação
Sobremesas Comerciais

CICLO 2:
Administração e Custos em Alimentos e Bebidas
Marketing Digital: Como vender nas redes sociais?
Bolos Comerciais e Regionais
Cozinha Vegana e Vegetariana
Administração em pequenos negócios de gastronomia
Inscrição on-line – Cursos Básicos – Janeiro/2025

CICLO 1 – Inscrições nos dias 7 e 8 de janeiro – no site: www.gastronomiasocial.org.br
Resultado – dia 10
Aulas – 13 a 17 de janeiro

CICLO 2 – Inscrições nos dias 14 e 15 de janeiro – no site: www.gastronomiasocial.org.br
Resultado – dia 17
Aulas – 20 a 24 de janeiro


Ascom Escola de Gastronomia Social - texto e foto

Governador Elmano acompanha ajustes finais para abertura do Hospital Universitário do Ceará (HUC), em fevereiro



Atendimento começará com serviços de oncologia e vascular, além do centro de imagens em funcionamento

Com 652 leitos, o Hospital Universitário do Ceará (HUC), da Rede de Saúde do Governo do Estado, terá atendimento aberto em fevereiro, iniciando com serviços de oncologia e vascular. Nesta terça-feira (7), o governador Elmano de Freitas vistoriou a unidade, localizada no bairro Itaperi, em Fortaleza.

Elmano de Freitas destacou que o HUC é uma conquista para o povo cearense e será referência para o Brasil. “Em fevereiro vamos entregar à população cearense, começando com atendimento na área da oncologia e vascular. Estamos com cronograma para que ele possa atender ainda de maneira mais intensa toda a população, integrado à rede pública de Fortaleza e à rede do Estado. É um dos maiores hospitais do Norte e Nordeste, com todas as especialidades”, afirmou.



Também participaram da visita a secretária da Saúde, Tânia Mara Coelho; o secretário-chefe da Casa Civil, Chagas Vieira; o superintendente de Obras Públicas, Valdeci Rebouças; e o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Adriano Massuda.

Conquista para a saúde pública




Situado em localização estratégica na Capital, a unidade prestará serviços de assistência terciária, com atendimento a casos de alta complexidade, além de dar suporte a outros hospitais públicos da Grande Fortaleza e aos hospitais regionais do Estado.

Outro diferencial é o perfil ensino e serviço em saúde pública, com foco na formação acadêmica de novos profissionais. “No Hospital, por ter caráter assistencial e de formação, nós contemplamos várias especialidades da área da saúde, para que a gente possa englobar residentes de várias áreas, como Medicina, Enfermagem, Fisioterapia. Vamos ter profissionais formados com mais qualidade. Porque é isso que a gente quer, garantir assistência de qualidade à nossa população”, detalhou a titular da Sesa, Tânia Mara Coelho.



Para isso, o HUC ocupa uma área de 78.6 mil metros quadrados (m²), com três torres construídas e sete andares. A unidade abrange os segmentos clínico, cirúrgico e materno-infantil.

Do total de 652 leitos, o HUC disponibilizará 476 em enfermaria e 176 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), distribuídos conforme o nível de atenção; além de 169 leitos de apoio, sendo 20 na Casa da Gestante, 16 Ucinca (Canguru) e os demais dedicados a observação, recuperação e hospital dia.



O Hospital Universitário do Ceará vai receber a cirurgia cardíaca pediátrica do Hospital de Messejana Carlos Alberto Studart Gomes. A proposta também é que o Hospital Geral Dr. César Cals funcione no novo equipamento.

No pacote de investimento do novo Hospital, ainda integram a urbanização e o paisagismo no entorno das três torres, incluindo áreas verdes e uma praça de aproximadamente 3.400 m² em frente à entrada principal do complexo, e a pavimentação de sete áreas de estacionamento, com um total de 2.026 vagas.


Larissa Falcão - Ascom Casa Civil - texto
Tiago Stille - Casa Civil - fotos