Heitor Férrer (PDT) reconheceu os esforços do Governo para acabar com o piscinão, mas ponderou que é preciso acompanhar a situação FOTO: JOSÉ LEOMAR
A deputada Fernanda Pessoa (PR), que levou os problemas do Hospital Geral para a sessão ordinária na última quinta-feira disse que foi constatado que os pacientes foram, sim, levados para o andar de cima da unidade hospitalar, mas não para "maquiar" a extinção do "piscinão", e, sim, por conta de uma reforma que estão fazendo para a instalação de 25 leitos de enfermaria, o que deve ficar pronto somente na próxima semana. Ela, no entanto, afirmou que a construção dessa estrutura não vai ser suficiente para atender toda a demanda.
A visita surpresa feita pelos deputados foi proposta na sexta-feira depois que o governista Fernando Hugo (SDD) contestou as denúncias feitas por Pessoa, no dia anterior. Ele, porém, mesmo depois de convidado por ela, não foi à visita. Delegado Cavalcante (PDT) e Antônio Carlos (PT), que se comprometeram a integrar ao grupo, desistiram. Estiveram presentes os deputados Heitor Férrer (PDT), Fernanda Pessoa, Eliane Novais (PSB) e o líder do Governo, José Sarto (PROS), que mesmo sem confirmar presença, compareceu.
Saída
O secretário de Saúde, Ciro Gomes, também esteve no equipamento na manhã de sexta-feira, inclusive, se encontrou com os parlamentares na saída, cumprimentando-os apenas com um "boa tarde". "Nós vimos que são várias especialidades médicas que precisam de atendimento, como de tumor cerebral, AVC e outras. Continua tudo do mesmo jeito. Diminuíram a quantidade de pessoas no piscinão, e hoje só têm 49 ou 50. As demais foram encaminhadas para o Fernandes Távora, Waldemar de Alcântara e para o Hospital dos Bombeiros", disse Fernanda.
A parlamentar, que prometeu mudar seu discurso caso visse mudanças no local, afirmou que manterá o posicionamento e não se desculpará. Segundo informou, como o hospital não tem condições de atender, deve manter a política de abertura de novos leitos para dar melhor atenção. Ela informou também que na área de recuperação, deveria ter em torno de 16 pacientes, mas lá estão sendo atendidos 25. "Uma enfermeira que tem que cuidar de quatro pacientes está cuidando de seis.
Esforços
Heitor Férrer, por sua vez, afirmou que, mesmo com as mudanças ocorridas, é importante que os parlamentares acompanhem todo o processo mais de perto, para verificar se os locais para onde estão sendo encaminhados os pacientes têm as condições necessárias de recuperação dos mesmos. "Temos que saber se os pacientes que estão indo para o Fernandes Távora, por exemplo, estão tendo a oportunidade de ter o atendimento adequado, visto que não tem a qualidade do HGF", disse.
Ele informou ainda que depois do dia 13, data limite dada por Ciro Gomes para fim do "piscinão", é importante que os deputados façam visitas periódicas ao local. O pedetista, porém, reconheceu os esforços do gestor da pasta de acabar com os transtornos causados no local. "Temos que reconhecer que o ´piscinão´ acabou, mas temos que ver se estão rejeitando pacientes, que não estão atendendo os pacientes que chegam lá", ressaltou o parlamentar, afirmando ainda que há denúncias de que pacientes estão recebendo alta sem condições para isso e que não estão havendo cirurgias eletivas. Os mapas das cirurgias eletivas foram prometidos pela direção do hospital.
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