quarta-feira, 4 de maio de 2022

"Estamos separando o joio do trigo”, diz deputado Salmito, presidente da CPI do Motim.


Na manhã desta terça-feira (03/05), na Sala das Comissões da Assembleia Legislativa do Estado, aconteceu a 17ª Reunião Ordinária da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o destino dos recursos recebidos pelas associações ligadas à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros Militar.

Desta vez, a CPI ouviu depoimentos de quatro convidados. O primeiro a falar foi Pedro Queiroz da Silva, presidente da Associação de Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará - ASPRAMECE. Em seguida, foi ouvido o convidado capitão Antônio Nicodemes Santabaia Nogueira Neto, presidente da Associação Beneficente de Subtenentes e Sargentos - ABSS.

O terceiro convidado a prestar seu depoimento foi o coronel Homero Catunda Batista, presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Ceará - ASSOF, e o último a prestar depoimento foi o 2º sargento, Emerson Carlos Vieira de Araújo, presidente da Associação das Praças da Região do Cariri - ASPRAC.

Todos os depoentes foram convidados conforme Requerimento n° 06/2021, de autoria do Deputado Estadual Soldado Noélio.

“Com a reunião de hoje, a CPI terminou de ouvir os presidente de todas as associações de policiais e bombeiros militares. O destaque que dou é para a fala do presidente da Assof, cel Homero, que deixou claro que nem a associação que ele preside nem um comandado dele, ou associado, participaram do motim, e ele ter chamado de 'condução ao matadouro' os que possam ter participado ou conduzido policiais militares ou bombeiros militares para o motim, para mim, isso foi muito marcante. Quero parabenizar, destacar, porque estamos separando o joio do trigo. A CPI, com a investigação, está trabalhando, cuidadosamente, está deixando claro que existem associações que fazem um trabalho sério e existem aqueles que se utilizam do papel das associações para descumprirem a Constituição Federal e o Código Penal Militar, colocando a população como refém”, comentou o deputado Salmito, presidente da CPI.

Próximos passos

Após ouvir os presidentes de todas as associações, a comissão vai aguardar para ver se tem mais algum depoimento para começar a finalizar essa fase e caminhar para a fase de apresentação do relatório do relator, no caso o deputado Elmano Freitas, segundo informou Salmito. O relator deverá concluir o seu relatório e apresentar, submeter para análise e aprovação (ou não) da comissão. Na sequência, cumprindo todos os prazos e pré-requisitos como manda o Regimento, enviar ao presidente da Assembleia Legislativa para, assim, ser colocado em pauta para votação no Plenário.

Após cumprir esses trâmites, o relatório deverá ser encaminhado ao Ministério Público e, posteriormente, para julgamento no Tribunal de Justiça do Estado.

Estiveram presentes à reunião da CPI das Associações Militares os deputados Salmito (PDT), Elamano Freitas (PT), Augusta Brito (PT), Marcos Sobreira (PDT) e Delegado Cavalcante (PL). De forma virtual, Soldado Noelio (Pros) e Romeu Aldigueri (PDT).

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