quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Helicóptero do “pó” voava movido a dinheiro público

Aparelho do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD), de Minas Gerais, filho do senador Zezé Perrella (PDT), tem combustível pago pela Assembleia Legislativa; gastos foram de R$ 14 mil entre janeiro e outubro; piloto Rogério Almeida, preso em flagrante pela Polícia Federal quando transportava 450 quilos de cocaína, recebia salários da mesma fonte pública: R$ 1,7 mil por mês; verba para o helicóptero do pó deu para comprar 2,8 mil litros de querosene e voar 6,5 mil quilômetros; Perrellinha confirmou uso dos recursos públicos para cumprir missões políticas; não ficou claro, porém, se fazia isso com ou sem cargas pesadas.
Aparelho do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD), de Minas Gerais, filho do senador Zezé Perrella (PDT), tem combustível pago pela Assembleia Legislativa; gastos foram de R$ 14 mil entre janeiro e outubro; piloto Rogério Almeida, preso em flagrante pela Polícia Federal quando transportava 450 quilos de cocaína, recebia salários da mesma fonte pública: R$ 1,7 mil por mês; verba para o helicóptero do pó deu para comprar 2,8 mil litros de querosene e voar 6,5 mil quilômetros; Perrellinha confirmou uso dos recursos públicos para cumprir missões políticas; não ficou claro, porém, se fazia isso com ou sem cargas pesadas.



Tornou-se ainda mais grotesto o caso da apreensão, com 450 quilos de cocaína, nesta semana, do helicóptero de propriedade da empresa agropecuária dos filhos do senador Zezé Perrela (PDT-MG) – o deputado estadual Gustavo Perrella (Solidariedade) e sua irmã Carolina Perrella, além do primo André Almeida Costa.

Descobriu-se que o chamado helicóptero do pó voava à base de combustível pago com o dinheiro público dos contribuintes mineiros. O piloto Rogério Almeida, preso em flagrante com a impressionante carga da droga, também recebia R$ 1,7 mil da Assembleia, na qualidade de assessor do deputado Perrelllinha.

Nada menos que R$ 14 mil foram gastos, entre janeiro e outubro deste ano, pela Assembleia mineira com o combustível para o helicóptero do pó. Com esse dinheiro é possível comprar nada menos que 2,8 mil litros de querosene, o suficiente para voar 6,5 mil quilômetros. Perrelinha confirmou que usava a verba indenizatória dada pela Assembleia para encher o tanque do aparelho, usado, sendo registrou em nota, para missões políticas.

Será mesmo? Agentes da Polícia Federal suspeitam, em razão da expressão da quantidade de cocaína apreendida, que a viagem encerrada na segunda-feira 25, no Espírito Santo, pode não ter sido o único voo do helicóptero com pó. Justificam, nos bastidores da operação, que traficantes dificilmente transportam tanta droga – repita-se, quase meia tonelada – num esquema principiante.

Normalmente, longas viagens com droga são feitas, inicialmente, em quantidades menores, até que se assegure a eficiência dos meios utilizados.

Em relação a essas outras viagens, Perrelinha afirmou que eram todas para compromissos profissionais. É o que se vai apurar. Na terça-feira 26, um dia após a operação da PF, o piloto Rogério Almeida foi exonerado do gabinete de Perrelinha. Tratava-se de um funcionário de confiança, que está sendo ouvido pelos agentes federais. Ele sabe muito sobre a rotina dos voos de Perrelinha.

Ex-presidente do Cruzeiro, o senador Zezé Perrela ainda não se pronunciou sobre o caso.

Fonte: Blog do Esmael

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