A Petrobras realizou seis notificações à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sobre indícios de petróleo no Ceará de agosto de 2012 até hoje. São quatro poços diferentes, dois na Bacia do Ceará (litoral de Paracuru) e dois na Bacia Potiguar (litoral de Icapuí). Caso sejam comprovadas as descobertas e a estatal inicie a exploração comercial dos poços, o Estado poderá ser autossuficiente em petróleo. Mais do que isso, poderá ser exportador.
Mesmo que duas das descobertas, na Bacia Potiguar, sejam ratificadas na parte do Rio Grande do Norte da bacia, o Ceará será beneficiado, afirma o consultor em gás e petróleo, Bruno Iughetti.
“Já será uma grande vantagem. Podemos passar de um estado importador de petróleo para alimentador da Refinaria Premium II e exportar para outras regiões”, destaca.
Após a notificação à ANP, a Petrobras terá ainda que realizar grandes investimentos, instalar sondas e continuar o trabalho exploratório para transformar os poços de “pioneiros” em “reserva comprovada”.
“No poços Pecém e Canoa Quebrada, ambos na Bacia do Ceará, próximo ao município de Paracuru, o trabalho remota a 2010. Normalmente, são demandados de dois a três anos”, ressalta Iughetti.
O prazo sustentado pela Petrobras para o início da operação da Refinaria Premium II, a ser construida no Ceará, é dezembro de 2017, o que deve ocorrer após serem comprovados ou não os novos poços. Conforme o especialista, o petróleo local poderá abastecer a Premium II.
“Tudo leva a crer que serão campos bastante promissores. O novo campo na Bacia Potiguar significa a mesma coisa. Tudo indica que vamos ter sucesso para sair das condições de hoje, bastantes críticas”, destaca.
Perca de 60%
Além da produção em terra na Bacia Potiguar, nos municípios de Aracati e Icapuí, o Ceará tem pouca representativa produção marítima na Bacia do Ceará, em Paracuru, em três blocos: Atum, Curimã, Espada e Xaréu, ressalta o consultor.
O presidente do Sindicato dos Petroleiros do Ceará e Piauí (Sindipetro), Orismar Holanda Gomes, ressalta haver uma programação da estatal para reforçar a exploração nesses poços, que são de águas rasas (até 300 m de espelho d’água).
“Mesmo no campo maduro (estágio avançado de exploração) em Paracuru, com 30 anos de produção, mostraram indícios de óleo”, revelou Orismar.
Fonte: O Povo Online.
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