Em depoimento espontâneo ao Ministério Público Federal, Eike Batista declarou que em 2012 recebeu pedido do então ministro para que fizesse um pagamento de R$ 5 milhões, em favor do Partido dos Trabalhadores (PT). Eike disse ter feito um depósito de 2,3 milhões de dólares no exterior para as contas do marqueteiro do PT João Santana e da mulher dele, Monica Moura. Moura relatou o mesmo caso à força-tarefa da Lava Jato, durante tentativa de delação premiada.
De acordo com o procurador Carlos Fernandes dos Santos, Eike apresentou provas em seu depoimento. Ele foi ouvido como testemunha e não como colaborador. O pagamento foi operacionado por Mônica Moura.
Para operacionalizar o repasse da quantia, o executivo da OSX foi procurado e firmou contrato ideologicamente falso com empresa ligada a publicitários já denunciados na Operação Lava Jato por disponibilizarem seus serviços para a lavagem de dinheiro frutos de crimes. Após uma primeira tentativa frustrada de repasse em dezembro de 2012, em 19 de abril de 2013 foi realizada transferência de US$ 2,35 milhões, no exterior, entre contas de Eike Batista e dos publicitários.
O nome desta fase da Lava Jato recebeu o nome de Arquivo X pelo fato de que Eike Batista sempre batizou suas empresas com X.
Fonte: Diário do Poder.
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