Luiza Judite do Nascimento foi presa em flagrante por ocultação de cadáver e, segundo a Polícia, deverá ser indiciada, também, por homicídio triplamente qualificado. Ela foi transferida para Campos Sales FOTO: MICHEL DANTAS
A mulher foi presa após uma operação conjunta realizada por policiais civis e militares dos municípios de Salitre e Campos Sales. Conforme a polícia, José Neto estava desaparecido da localidade de Baixio, na zona rural de Salitre, havia 26 dias. Convidada à prestar depoimento para ajudar nas investigações do desaparecimento, Luiza acabou se contradizendo e passando a produzir diversas versões que levaram o delegado Sérgio Pereira dos Santos a suspeitar de um provável envolvimento da mulher no sumiço.
Um fato que chamou a atenção da Polícia foi a informação repassada por Luiza aos familiares do vaqueiro dando conta de que ele estaria fazendo contatos com ela através de um número de telefone celular. "Ela, inclusive, chegou a passar esse número aos demais familiares da vítima. Várias tentativas foram realizadas pelos familiares que queriam saber do paradeiro dele. As ligações, no entanto, sempre acabavam encaminhadas à caixa postal", disse o delegado.
Ao retornar para casa após o depoimento, a mulher acabou sendo pressionada por irmãos a contar o que realmente havia acontecido e indicar o paradeiro de José Neto. "Ela chegou nervosa em casa e, percebendo que havia algo errado, a família então a pressionou", disse Santos.
Ontem, por volta das cinco da manhã, um irmão de Luiza que mora em Brasília telefonou para a Delegacia. O homem contou que o vaqueiro teria sido assassinado por sua irmã e que o corpo havia sido escondido com o auxílio do sobrinho dele, um adolescente de 16 anos.
A polícia solicitou novamente o comparecimento de Luiza à delegacia, desta vez acompanhada do filho que era enteado da vítima. Luiza, segundo o delegado, negou a autoria do homicídio. "Quando foi informada de que o irmão havia telefonado à delegacia informando sobre o crime, ela disse que José Neto havia morrido após ter se sentido mal durante o jantar e que, com medo da família dele, havia decidido enterrá-lo num curral, distante cerca de 220 metros da casa onde eles moravam", informou o delegado.
Versão
A versão da acusada foi desmentida pelo filho dela, que também prestou esclarecimentos à Polícia. Segundo o delegado, o adolescente relatou que a mãe utilizou duas ampolas de Diazepan para envenenar a vítima. "Ele estava jantando e, no momento em que teria ido ao banheiro, ela despejou o conteúdo das duas ampolas no copo em que ele bebia uma dose de cachaça", explicou o delegado.
Após a confirmação da morte do vaqueiro, Luiza teria depositado o corpo da vítima em uma cova aberta em um curral com a ajuda do filho adolescente. "Há indícios que apontam possível premeditação", disse o policial civil. Há cerca de um mês, a acusada teria furtado remédios do local onde trabalhava.
A acusada de ter praticado o homicídio foi presa em flagrante por ocultação de cadáver e, segundo a Polícia, deverá ser indiciada, também, por homicídio triplamente qualificado.
A Polícia informou que, mesmo com a detenção de mãe e filho, não está descartada a possibilidade do envolvimento de uma terceira pessoa na morte do vaqueiro. "Nós estamos investigando esta possibilidade. Embora já temos feito uma prisão em flagrante e a apreensão do menor que auxiliou na ocultação de cadáver, as investigações sobre o caso ainda não foram encerradas". Os motivos do crime também não foram esclarecidos.
Após a confirmação da morte do vaqueiro, Luiza teria depositado o corpo da vítima em uma cova aberta em um curral com a ajuda do filho adolescente. "Há indícios que apontam possível premeditação", disse o policial civil. Há cerca de um mês, a acusada teria furtado remédios do local onde trabalhava.
A acusada de ter praticado o homicídio foi presa em flagrante por ocultação de cadáver e, segundo a Polícia, deverá ser indiciada, também, por homicídio triplamente qualificado.
A Polícia informou que, mesmo com a detenção de mãe e filho, não está descartada a possibilidade do envolvimento de uma terceira pessoa na morte do vaqueiro. "Nós estamos investigando esta possibilidade. Embora já temos feito uma prisão em flagrante e a apreensão do menor que auxiliou na ocultação de cadáver, as investigações sobre o caso ainda não foram encerradas". Os motivos do crime também não foram esclarecidos.
ROBERTO CRISPIM
COLABORADOR
Diário do Nordeste
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