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quinta-feira, 23 de março de 2023

Cláudio Pinho diz que emergências de Fortaleza estão fechadas para reformas

Deputado Cláudio Pinho (PDT) - Foto: José Leomar


O deputado Cláudio Pinho (PDT) deu continuidade ao debate sobre o fechamento das emergências dos hospitais municipais de Fortaleza durante o primeiro expediente da sessão plenária desta quarta-feira (22/03). Ele considerou, entretanto, que as emergências foram fechadas para “reformas”, e ressaltou as conquistas da gestão do prefeito José Sarto para a saúde do município.

“Só em 2022, foram dez novos postos de saúde inaugurados. Isso demonstra o esforço do prefeito em melhorar a atenção primária do município. Fora isso, temos dez hospitais municipais, que atendem pacientes de Fortaleza e de outros municípios da Região Metropolitana”, lembrou.

O parlamentar alertou, no entanto, para não haver confusão entre as especialidades desses hospitais. “Não podemos confundir um hospital cujo foco é realizar cirurgias eletivas programadas com um hospital que atende emergência do Estado, como é o caso do Instituto José Frota (IJF)”, disse. Para ele, “Sarto jamais fecharia uma emergência por querer”.

Em aparte, o deputado Antônio Henrique (PDT) frisou que a crise da saúde é “generalizada” e não se concentra apenas no sistema público. “Vá em qualquer hospital privado, na emergência da Unimed, e veja o tempo que se espera na fila para ser atendido”, apontou.

Ele também defendeu o serviço oferecido pelas unidades de pronto atendimento (UPAs) e destacou que algumas têm um número menor de procura do que o número de atendimentos mensais estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Ele também reforçou que pacientes que vão à UPA mas necessitam de internação são imediatamente transferidos para os hospitais direcionados para o tipo de atendimento requerido pelo paciente.

Já o deputado Missias Dias (PT) observou que, mesmo que o fechamento das emergências seja por motivo de reforma, “isso não pode ser feito sem deixar alternativas para a população”.

O deputado Carmelo Neto (PL), por sua vez, afirmou que o fechamento de algumas emergências “não aconteceu por motivo de reforma ou readequação”. Ele comentou o caso do Gonzaguinha da Barra do Ceará, que, segundo ele, recebeu R$ 4,2 milhões para reforma em 2019 e se encontra com a emergência fechada. Outro caso citado é o do Gonzaguinha do José Walter, que, ainda de acordo com Carmelo, recebeu R$ 25 milhões para reforma, mas segue com a emergência fechada até hoje.

*ALECE
Por Pedro Emmanuel Goes
Edição: Adriana Thomasi

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