O chefe do Executivo interpelou quais igrejas apoiaram o texto e se elas possuem “densidade”. O documento foi assinado pelo petista durante um evento com pastores em São Paulo.
“Quem assinou?”, disse Bolsonaro, no Palácio da Alvorada. “Qual é o perfil de quem assinou? Tem igreja? Qual a densidade deles? Até no meio militar tem dissidências. A gente sabe que tem.”
Na carta, o ex-presidente se compromete com a liberdade religiosa e diz ser, pessoalmente, contra o aborto. “Trata-se de um tema a ser decidido pelo Congresso Nacional”, observou. Há mais de um ano, Lula era cobrado para acenar ao segmento evangélico, em que Bolsonaro transita com maior desenvoltura.
“Nosso projeto de governo tem compromisso com a vida plena em todas as suas fases”, garantiu o petista. “Para mim, a vida é sagrada, obra das mãos do Criador, e meu compromisso sempre foi e será com sua proteção.”
A elaboração do documento de Lula contou com a articulação da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), que é da Igreja Assembleia de Deus.
Em 6 de outubro deste mês, o petista disse que não precisava prestar conta às pessoas, quando foi interpelado sobre uma possível carta aos evangélicos. “Trato a religião com muita seriedade”, disse o petista. “A população sabe que eu criei a Lei da Marcha Pra Jesus e o Dia do Evangélico. Não preciso prestar conta às pessoas.”
*Revista oeste
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