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sexta-feira, 22 de abril de 2022

Salmito comenta andamento da CPI das Associações Militares

 Deputado Salmito
Deputado Salmito                               Foto: Leomar

O deputado Salmito (PDT) comentou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (20/04), o andamento dos trabalhos da comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que investiga as associações militares.

Segundo explicou o parlamentar, o primeiro momento da CPI colheu as devidas informações e dados para o desenrolar da investigação, “de forma cuidadosa e detalhada”. “É a partir desses dados que fazemos uma investigação cuidadosa, sem expor a imagem ou a honra dos envolvidos. No entanto, houve parlamentar declarando que o trabalho da CPI não era sério e que era politicagem”, pontuou.

Na atual fase, porém, o colegiado confronta as informações analisadas em documentos e dados do primeiro momento e o que é dito pelos depoentes, de acordo com o deputado. Salmito ressaltou ainda que essa fase é importante, pois é nela que contradições começam a surgir. “Além das contradições, começam a surgir as ilicitudes e ilegalidades. Os militares são importantes e têm nosso respeito e reconhecimento, mas há aqueles que rasgam o juramento que fizeram e se envergam contra o que se comprometeram. Houve aqueles que colocaram a população cearense em risco, como refém, sequestrando viaturas e ameaçando comerciantes. Isso é crime, segundo o Código Penal Militar”, enfatizou.

Conforme Salmito, os militares têm prerrogativas especiais e legislação especial, diferentes dos civis, e que isso é necessário e importante, mas precisam se atentar às suas obrigações. “É o militar que coloca em risco a sua vida para salvar a vida do cidadão que ele sequer conhece. É por isso que eles têm direitos especiais. Mas eles também têm deveres especiais. Os militares não podem ter sindicato, como outras tantas profissões. Quem afirma isso é o Código Penal Militar e a Constituição Federal”, afirmou.

O ex-diretor de uma das associações declarou, de acordo com ele, que as decisões dessa associação partem de um núcleo político. O parlamentar ressaltou, porém, que as associações devem possuir caráter recreativo, de auxílio jurídico ou de saúde, mas não podem agir como sindicato ou ter ligação política.

O deputado Júlio César Filho (PT), em aparte, afirmou que, com o avançar dos trabalhos da CPI, está “abismado” com os fatos que estão vindo à tona, como os saques e valores pagos pela associação. “Confesso que tudo isso me trouxe preocupação e aumentaram as suspeitas de que tentaram se promover politicamente, com a insegurança da população e com os recursos suados que vêm desses policiais, de forma voluntária, mas que deveriam ir para atos recreativos e promoção de saúde para eles”, disse.

Fonte: AL

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